segunda-feira, 19 de março de 2012

[Autor do Mês] Entrevista a Diana Tavares

Como surgiu a escrita na sua vida?

Sempre escrevi, desde que aprendi a fazê-lo na escola. Lembro-me de aos 7 anos dizer às pessoas que queria ser escritora, e escrevia pequenos continhos para mostrar aos meus pais. Com o passar dos anos, os contos foram crescendo e ficando com melhor qualidade, até que finalmente comecei a desenvolver verdadeiros manuscritos e trabalhos para concurso. Depois, comecei a escrever DONZELA SAGRADA.


O que é que te levou a escrever os teus dois livros já publicados?

Escrevi DONZELA SAGRADA depois de juntar várias ideias que inundavam a minha imaginação na altura, principalmente mitologias. Gostava muito de pesquisar mitos na internet – grega, celta, chinesa, etc. – E foi numa dessas pesquisas que dei de caras com o mito das Horae, a ideia principal para a minha história. A partir daí, tudo fluiu naturalmente, e percebi que tinha um verdadeiro sonho, talento e força de vontade para o concretizar, e fui em frente.


Quais foram as tuas referências e inspirações enquanto escrevias?

DONZELA SAGRADA teve como principais referências as mitologias do mundo. Temos deuses gregos, criaturas celtas, guardiões da china antiga, elementos do japão, dos nórdicos… e personagens que surgiram da minha própria imaginação. Quanto ao conteúdo da história, tudo para mim serve como inspiração – acontecimentos da minha própria vida, eventos que observo, pessoas com quem me relaciono, mas acima de tudo o que mais me ajuda no processo criativo é a música. Raramente escrevo sem estar a ouvir músicas que se enquadrem no que estou a escrever, e quando me falta uma ideia oiço música e ela surge na minha mente com a sua ajuda. 


Alguma vez tiveste medo de que não funcionasse?

Ainda estou no início da minha carreira, portanto dizer que o medo desapareceu seria arrogante da minha parte. Mas até agora tudo tem superado as minhas espectativas pela positiva. A reação aos meus livros foi melhor à que esperava, e as oportunidades têm surgido desde então, portanto estou num bom caminho.


Qual é que achas que é o público-alvo dos teus livros?

Eu não gosto de dizer que o meu livro é para um determinado público, porque não quero criar a ideia errada de que uma pessoa que não se enquadre no quadro não vá gostar de o ler. Uma das boas surpresas com DONZELA SAGRADA é que, embora fosse um grupo específico de pessoas em termos de personalidade, os leitores eram de ambos os sexos, de idades variadas. Dos treze aos sessenta, se não estou em erro. Portanto, se tenho de definir um público-alvo, será provavelmente pessoas positivas, que gostem de uma leitura agradável, com espírito aberto e com gosto pela aventura.


Podemos ficar à espera de outro livro teu?

Sim. Não posso é ainda dizer quando. Tenho alguns projetos mas ainda estão numa fase inicial portanto não lhes posso atribuir uma data de lançamento.


Que importância atribuis à blogoesfera literária?

A blogosfera literária portuguesa é um dos fatores mais importantes da literatura nacional neste momento. Sem os blogues e os seus autores, os escritores portugueses não teriam para onde ir. Não conseguiriam divulgar o seu trabalho nem dar-se a conhecer ao público. Dou graças pela existência desta forma de interação entre os leitores e os escritores, e faço uma vénia aos bloggers que o permitem. Espero que continue assim e que as editoras continuem a atribuir o devido valor ao vosso trabalho.

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