terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Isabella Filipa [Autor Nacional do Mês]


Fale-nos um pouco sobre si.
Nasci em 1992, sou do signo Virgem, o que leva a ser perfecionista. Gosto de escrever enquanto ouço música, inspira-me bastante. Dou muito valor à minha família e a uma amizade verdadeira. Adoro ouvir Rock, Pop e música clássica. Sou completamente apaixonada pelo Michael Jackson, Adam Lambert e Johnny Depp, entre muitos outros. Quero explicar cada vez que escrevo uma nova trama, apaixono-me pelo protagonista, tenho mesmo de me apaixonar para poder descrever o que o par do protagonista sente, deste modo, todas as personagens têm um pouco de mim. Como estas pessoas referidas acima me inspiram muito, eu pego neles como se fossem atores na minha história que interpretam o papel que lhes dou. Por tanto, se lerem o 7Véus pensem no Tarkan. Se não souberem que ele é, pesquisem sobre ele, é muito bom cantor.

Como surgiu a escrita na sua vida?
Bom…de um modo geral, desde pequena a minha imaginação trabalhou muito. Falava imenso sozinha. Eu lembro-me, uma aula do Ciclo, eu e mais duas amigas minhas (Sandra e Daniela) falávamos de uma série que ainda hoje dá na televisão, o Supernatural. Eu tinha uns 12 anos, talvez mais, não sei bem, mas começámos a dizer que gostávamos de entrar na série, então agarrei num papel e comecei a escrever um dos episódios (sim, sei de cor) em que nós as três também entrávamos. Depois disso, fui escrevendo em papel, mas na altura recebi o meu primeiro computador e depressa passei a escrever lá.
Até 2009 a escrita era algo que não levava a sério. Digo 2009 porque nesse ano recebi a triste notícia da morte de Michael Jackson (sim, eu realmente amo) e a escrita tornou-se um refúgio onde eu poderia mantê-lo vivo, nas minhas histórias. Para muita gente pode não fazer sentido, mas para mim faz.

O que é que a levou a escrever este livro?
Eu sempre adorei as Arábias, provavelmente na minha vida passada pertenci a um lugar assim, não sei, mas eu adoro. As músicas, as crenças, o valor das coisas, é totalmente diferente da nossa cultura. Sempre li livros que contavam um amor de duas religiões diferentes, mas pensei que um amor da mesma religião é tão verdadeiro quanto aqueles amores das outras histórias. Eu lembro-me de novelas e livros que o conflito era eles amarem-se e terem uma religião distinta. Decidi fazer o contrário.

Quais foram as suas referências e inspirações enquanto o escrevia?
Na altura, esse cantor, o Tarkan, lançou um CD, com músicas lindas. Ele é turco e eu não sabia falar aquela língua, mas senti que aquelas músicas me inspiravam para algo, até que, não sei bem como, eu vi na minha mente uma parte da história toda do 7Véus, com o Tarkan como protagonista (óbvio) então eu pensei: “Ok, quero escrever aquela parte, mas para lá chegar, preciso de uma história”. Comecei a pesquisar nomes, cultura, e com o tempo a trama ia evoluindo, mas sempre ao som de uma música em especial. Não sabia a tradução dessa música, nem sequer pensei em saber, queria apenas ouvir e escrever. Num dia de escrita era capaz de a ouvir 50 vezes, sem exagero. Até que quando finalmente terminei de escrever “7Véus”, fiquei curiosa e pesquisei sobre a tradução. Bom…fiquei surpreendida, porque a base da história da letra da música é muito semelhante à do “7 Véus”.

O que sentiu ao receber a resposta afirmativa de uma das editoras portuguesas?
Eu recebi várias respostas afirmativas, mas os preços que tinha de pagar eram sempre exuberantes e não iria ganhar nada em pagar tanto e receber pouco. De uma certa forma, eu não escrevo a pensar no dinheiro, eu escrevo porque amo, escrevo com o meu coração e todas as minhas emoções, mas obviamente que o dinheiro faz falta e como estamos em crise, nunca ninguém iria pagar mil euros e nem receber metade de lucros. Mas fiquei muito contente cada vez que uma editora gostava, só isso me deixava muito feliz, porque me deram valor. Até que, desesperadamente, enviei um e-mail para a Pastelaria Estúdios e foi a melhor proposta que me enviaram.

Alguma vez teve medo que não funcionasse?
Sim, ainda tenho medo que não funcione. Tento sempre ter pensamento positivo, porque assim atraio coisas positivas, mas existe sempre esse medo. Creio que preciso de mais divulgação da minha obra, pois as pessoas precisam de ouvir falar no assunto. Quando escrevo, tento sempre atingir todas as idades, pois o público-alvo são os jovens. A nossa juventude mal lê, o que é uma pena, e se puder puxá-los para a leitura e fazê-los gostar do que escrevo, é bom para todos. Mas as minhas histórias adaptam-se a todas as idades, pois todos podem sonhar.

Tem recebido feedbacks dos seus leitores?
Sim, as pessoas não publicam nas redes sociais, mas dizem-me diretamente. Eu prefiro assim porque consigo entender se a pessoa gostou mesmo ou tem vergonha de dizer que não gostou. A verdade é que não recebi nenhuma crítica negativa, isso assusta-me, pois a minha escrita não é perfeita e tenho imenso para aprender.

Podemos ficar à espera de outro livro seu?
Claro que sim, para muito em breve, na verdade, dentro de alguns meses. Chama-se “Adam & Eve”, não tem nada a ver com religião, é outro romance, mais maduro que o primeiro e maior. Tem na volta de 253 páginas e promete…

Qual é que acha que é o papel da blogosfera na divulgação literária?
Acho que tem um papel importantíssimo, pois os jovens estão sempre ligados à internet e também é um modo de os manter conectados com a literatura, com os novos autores…
A literatura precisa de divulgação e hoje em dia, a Blogosfera é o melhor caminho para tal.

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