terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Entrevista a Bruno Franco


Fale-nos um pouco sobre si.
Chamo-me Bruno Franco, tenho 24 anos e sou Licenciado em Radioterapia. Trabalho no IPO de Lisboa, adoro desporto (até começar a trabalhar o ano passado, era atleta federado de Natação) e adoro ler e escrever. Toda a minha vida fui um atleta e grande parte dela um escritor. Agora, com o trabalho no IPO, tenho menos tempo para treinar, mas ainda assim continuo a treinar frequentemente com a minha equipa. Fui Rei do Baile de Finalistas do Secundário em 2008 e namoro com a mulher da minha vida. No fundo sou feliz e considero-me uma boa pessoa, porque se não o fosse jamais estaria rodeado de familiares e amigos tão fantásticos como tenho a sorte de ter perto de mim.

Como entrou a escrita no seu dia-a-dia?
A escrita entrou no meu dia-a-dia numa altura em que precisei de arranjar ferramentas para ultrapassar a pior fase da minha vida, aos 14 anos. Foi também o resultado da leitura de imensos livros e da curiosidade em saber como seria escrever um livro. Desde que comecei, foi impossível parar.

Como se sentiu ao tornar-se um autor publicado?
Senti-me tremendamente realizado. Ver, por fim, obras minhas publicadas para todos lerem é algo maravilhoso e, ao mesmo tempo, assustador. Ser escritor é expor-nos ao mundo. Não é fácil. Mas, se fizermos um bom trabalho, é muito recompensador. Estou muito feliz com a publicação do “Contagem Decrescente”, as críticas têm sido fantásticas e isso dá-me ainda mais vontade de trabalhar para continuar a evoluir e proporcionar leituras cada vez mais interessantes às pessoas.

Identifica-se com alguma das suas personagens?
De certa forma, identifico-me com todas. Todas as minhas personagens têm um cunho meu, mas claro que há sempre uma que poderá ser mais parecida, seja na forma de encarar a vida, seja na forma de agir ou pensar. Nunca tive uma personagem que fosse totalmente igual a mim, mas não digo que não tivesse a sua graça se tal acontecesse.

Quais são as suas referências e inspirações enquanto escreve?
A inspiração é um fenómeno engraçado. Adoro escrever quando estou inspirado. Não sei explicar, mas estar inspirado é ter a sensação de que poderia escrever 24 horas seguidas que as ideias nunca iriam parar de jorrar para o computador. É mesmo fantástico. Mas o que me serve de inspiração? Não sei dizer. Às vezes uma música, um filme ou uma série que me deixe de queixo caído dá-me inspiração extra para escrever, porque penso que é aquele tipo de emoções que quero transmitir.
As minhas referências são várias. Tess Gerritsen, Donato Carrisi, Daniel Silva, Dan Brown, Luís Miguel Rocha, Jeff Abbott, J. K. Rowling e José Rodrigues dos Santos. São os meus escritores favoritos e quem mais admiro. A minha ambição é ser como eles.

Qual é que acha que é o papel da blogosfera em geral na divulgação literária?
É um papel importantíssimo. Antes de publicar o “O Novo Membro” não fazia ideia de que tais blogues existissem. No entanto, rapidamente me apercebi do fabuloso mundo dos blogues literários, e fiquei rendido. Além de ajudarem os leitores a decidir se devem ou não ler determinado livro, têm um papel determinante na promoção de escritores portugueses menos conhecidos, como eu. Acho extraordinário o destaque que dão aos portugueses no meio de tanta literatura estrangeira de qualidade. Acredito que faça toda a diferença, uma vez que o mercado literário é muito injusto e ingrato para os portugueses menos conhecidos. Os blogues literários vieram equilibrar essa balança. Obrigado!

Apesar de o livro ter saído recentemente, tem recebido feedback dos seus leitores?
Sim, já tenho recebido bastante feedback e, como disse, as opiniões têm sido excelentes. Estou mesmo orgulhoso do “Contagem Decrescente”, creio que é o livro da minha afirmação enquanto escritor de policiais. E que não pretendo ficar por aqui.

Tem algum plano literário para o futuro?
Para quem já leu o “Contagem Decrescente”, sei que o que mais querem é que publique a sequela desta obra com o detective Rodrigo Tavares. No entanto, e se tudo correr como espero, antes desse livro ainda hei-de publicar outro no qual estou a trabalhar agora, e que pode dar muito que falar se for tudo bem feito. Trata-se de outro policial com um ritmo alucinante e o mais complexo que já escrevi até agora. Estou muito empolgado com as minhas perspectivas, e mal posso esperar para que o futuro chegue.

2 devaneios:

Anónimo disse...

Para o Bruno Franco, sugestão para os próximos livros: a morte de Francisco Sá Carneiro, atentado ou acidente.

Bruno Franco disse...

Era um bom tema sim! Já fizeram um filme, mas vou considerar a ideia e mais tarde analisar as suas potencialidades.

Enviar um comentário