quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Até ao Fim do Mundo

Autora: Maria Semple
Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 360
Editor: Editorial Teorema
ISBN: 9789724746494

Sinopse:
A fama de Bernadette Fox precede-a.
No círculo restrito e elitista do design mundial, ela é uma arquiteta revolucionária.
Para o marido, um guru da Microsoft, ela é a prodigiosa e atormentada paixão da sua vida.
Segundo os vizinhos e conhecidos, ela representa uma afronta e uma ameaça.
Mas aos olhos da filha, Bee, ela é, simplesmente, a Mãe.
E um dia Bernadette desaparece. Quando todos parecem reagir à sua ausência com diversos graus de alívio, Bee é a única disposta a tudo para a encontrar. Mas a instável e agorafóbica Bernadette não quer ser encontrada e tem meios e inteligência suficientes para se manter incógnita… mesmo que para tal tenha de encetar uma impossível viagem ao fim do mundo.
Neste retrato de uma mulher pouco convencional, a autora explora a fragilidade e a inadequação das mentes criativas face à voracidade uniformizadora do mundo moderno. A incómoda Bernadette e a sua família disfuncional são paradigmas das relações humanas do século XXI.


Opinião:
Não, admito. Este não é propriamente o meu género de livros. Só que li críticas tão boas ao mesmo! Além disso este livro foi considerado por diversos grandes jornais como um dos melhores livros do ano. Dessa forma e sendo a capa tão diferente do normal, não resisti a lê-lo e deparei-me com um livro diferente do que esperava.

Bernadette Fox foi uma grande design na sua juventude. Mas a realidade é que ela não se vê como tal. Ela vê-se com uma mulher simples que adorava criar coisas a partir de outras, algo muito diferente do género de arquitectos com quem se dava. Agora vive com o marido, um grande engenheiro da Microsoft numa terra demasiado pequena. Uma terra onde todos se conhecem e que se fores diferente és de imediato notado. E Bernadette é diferente... Na maneira de ser, de pensar e até mesmo de se vestir. Além disso é uma mulher que devido a problemas passados não sai de casa para fazer o que quer que seja, nem as simples compras do supermercado.

Bee é a filha adolescente que está decidida a sair de casa e que sabe que a mãe não é nada daquilo que os vizinhos dizem que ela é. Adora a mãe, adora o pai e quando todos se viram contra Bernadette, Bee é a única que sabe toda a verdade sobre o que se está a passar e decide a todo o custo ajudar a mãe.

Devo dizer que o que me surpreendeu mais neste livro foi o género de escrita. O livro está todos escrito em cartas, emails e pouco mais. A parte da narrativa normal é mínima, mas é o tom engraçado e irónico de toda a correspondência trocada no livro faz-nos rir e apresenta-nos a problemas familiares que poderiam muito bem ser possíveis e reais mas de uma forma leve e que nos permite aproveitar bem o livro.

Os problemas da filha, a maneira anti social de ser de Bernadette, os vizinhos hipócritas... Tudo escrito em forma de sátira de uma maneira que embora fosse bem diferente do que esperava, até gostei e larguei umas boas gargalhadas enquanto lia este livro. Devo dizer que uma das partes que mais gostei era das constantes brigas entre Bernadette e os "vizinhos perfeitos". Aqueles vizinhos que sabem tudo e que teimam em dizer nas tuas costas como está a fazer tudo mal. Adorei esses momentos no livro que me fizeram soltar umas boas gargalhadas.

Um bom livro, escrito de uma forma deveras diferente do normal e muitíssimo irónica e satírica.

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