sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Meu Único Amor

Autora: Cheryl Holt
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 392
Editor: Quinta Essência
ISBN: 9789897261381

Sinopse:
A jovem Maggie Brown viajou até uma estância balnear, com a esperança de esquecer a dor causada pela recente morte da mãe. Nunca imaginou que a sua agridoce estada a submetesse ao abraço mágico de um misterioso desconhecido, ou que ele apenas lhe deixasse recordações. Contudo, em seguida, por ironia do destino, reuniu-se ao homem que tanto amava - que lhe tinha dado o coração, mas não o seu nome. Para escapar a pressões familiares, o marquês de Belmont disfarçouse de plebeu a fim de passar umas férias à beira-mar - e perdeu o coração para uma mulher com quem nunca poderia casar. No entanto, determinado a que nenhum outro homem a possuísse, arrastou-a para um amor apaixonado que em breve se transformou em mágoa. Agora, embora receie que possa ser demasiado tarde, jura convencer Maggie de que trocará sem hesitar o seu legado por toda a vida nos braços dela.


Opinião:
Como tenho referido ao longo desta semana, só me tenho deparado com capas lindíssimas. E esta como podem ver não é excepção. É uma capa com uma mulher misteriosa, algo que mais tarde descobri relacionar-se imenso com a personagem principal do livro, a mesma cor de cabelo, pele e lábios, achei que remetia diretamente para a personagem principal.

A mãe de Maggie falecera após anos a lutar contra uma horrível doença que havia absorvido toda a sua energia e grande parte da sua beleza. Visto que era a mãe que a sustentava, sendo praticamente uma prostituta de luxo, a sua morte faz com que Maggie fique sem posses algumas e em risco de ir para a rua, pois o último amante da mãe embora a deixe ficar algum tempo na antiga casa da mãe, a verdade é que a casa é desse amante e visto este ir casar, o que menos quer é sustentar a filha da ex-amante e a sua amiga. Desesperada porque tem que descobrir algo para fazer que lhe dê dinheiro em menos de 3 meses, a amiga de Maggie aconselha-a a ir à mesma à viagem que já tinham paga, para relaxar um pouco antes de enfrentar os verdadeiros problemas.

Adam, o marquês de Belmont precisa urgentemente de um descanso da sociedade. Este ano tem que casar, é algo que a sua mãe o está a obrigar a fazer e ele sabe que desta vez tem mesmo que cumprir. No descanso com o seu irmão, Adam encontra uma bela rapariga a brincar na água. A dançar feliz e livre, pensando que ninguém a estava a ver. Essa rapariga era Maggie, que acaba por se magoar e Adam, não resistindo a ajudá-la, acaba por levá-la à hospedaria para ser tratada...

Acho que dos livros que li da autora até hoje, este foi sem dúvida alguma o melhor. Adorei a história. Maggie devido à mãe ser quem foi, espera-se o mesmo dela. Espera-se que ela continue o "negócio de família" e se torna também ela um prémio, uma amante de luxo. Mas esta não quer e são essas pequenas nuances na personalidade de Maggie que a fazem ser tão interessante. Ela luta contra tudo e todos para ter a sua própria independência. Tenta a todo o custo arranjar um trabalho com mais respeito. Mas embora todos lhe digam que é lindíssima e perfeita para o trabalho, não tem as qualificações necessárias. A luta de Maggie é real e muito terra a terra, fazendo o máximo para não seguir as pegadas da mãe, embora por vezes tal seja difícil, especialmente se ninguém lhe der uma oportunidade.

A melhor amiga de Maggie, Ann, já fora uma prostituta e sendo mais velha tinha decidido que se não arranjassem nada, seria ela a primeira a regressar àquela vida de que já tinha escapado. Embora as suas aparições não fossem assim tantas quanto isso, adorei a sua relação com o irmão mais novo e despreocupado do marquês. Um homem que sendo o segundo filho sempre tivera mais liberdade para seguir o coração e que mesmo depois de se tornar rico, decide seguir o coração e não ficar como Adam, a decidir ser infeliz para o fim da sua vida devido às convenções.

Acho que de todas as personagens a que gostei menos foi a de Adam. Compreendo que a sua maneira de ser esteja relacionada com a maneira como fora criando desde bebé, mas este para um homem que supostamente tinha uma opinião fixa para tudo, estava sempre a mudar de ideias relativamente a Maggie e à relação que queria com esta. Ora era perfeito estar com ela, ora queria afastar-se... Foi uma personagem demasiado indecisa ao longo de todo o livro e deve ter sido a personagem que gostei menos, embora as outras boas personagens acabem por compensar este pequeno pormenor.

Um livro que me surpreendeu e que espero que não seja o último da autora a ter este efeito em mim. Aconselho.

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