sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Fala-me de Um Dia Perfeito

Autora: Jennifer Niven
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 384
Editor: Nuvem de Tinta
ISBN: 9789898775788

Sinopse:
Violet Markey vive para o futuro e conta os dias que faltam para acabar a escola e poder fugir da cidade onde mora e da dor que a consome pela morte da irmã. Theodore Finch é o rapaz estranho da escola, obcecado com a própria morte, em sofrimento com uma depressão profunda. Uma lição de vida comovente sobre uma rapariga que aprende a viver graças a um rapaz que quer morrer. Uma história de amor redentora.


Opinião:
Este livro foi mais um que me conquistou por causa da capa. Acho-a gira e é daquelas que eu passo na livraria e penso de imediato que tenho ali alguma coisa que poderá ser engraçada e interessante. Por esse motivo não resisti a começar a lê-lo assim que lhe pus as mãos em cima. Tenho que admitir que não me prendeu tanto quanto eu gostaria e que por vezes achava a narrativa demasiado estranho e diferente do normal. Mas isso não me impediu e comecei a lê-lo.

Violet vive agora uma vida infeliz e sem alegria alguma. A sua irmã e melhor amiga havia falecido, algo por que Violet se culpava internamente. Meses já se tinham passado, mas isso não impedira Violet de se sentir triste e abandonada. Ninguém parece compreender a sua dor e odeia como todos a começam a tratar cheia de paninhos quentes, como se te repente fosse ela que tivesse falecido e não a irmã. Sempre fora a menina popular e apesar de a vontade de o ser tenha desaparecido, os amigos continuam a preocupar-se com as mesmas coisas que antigamente o que agora, para ela, parece algo banal e inútil. Apesar disso, essa popularidade é o verdadeiro esconderijo de Violet para todos os seus sentimentos.

Num dia que decide estar farta da sua vida, acaba por tentar suicidar-se, sendo impedida por Theodore, um rapaz viciado na morte e que pensa também constantemente em pôr o fim à vida. Um rapaz que sempre sofrera em silêncio, por vezes sem ele próprio saber. Abandonado pelo pai desde cedo, pertencia mesmo assim a uma família numerosa.

Muito sinceramente este livro não me puxou, não me prendeu e não me surpreendeu. O que o livro tem de bom é a excelente caraterização de Theodore. A autora faz-nos uma visita à sua mente, à sua maneira de ver as coisas. Comecei mesmo a gostar desta personagem, essencialmente porque é diferente de muitas outras que encontramos na literatura. Theodore tem uma grave depressão e o que, pelo menos me pareceu, uma grave bipolaridade. São doenças com que aprendeu a sobreviver, mas que constituem um quotidiano difícil. Assim temos acesso a diferentes facetas de Theodore. Divertido, irónico, depressivo e com grande inclinação para a morte, estando constantemente a pensar em suicídio e em como poderia cometê-lo.

Já Violet foi uma personagem que se perdeu ao longo do livro. A única coisa que compreendi verdadeiramente sobre ela é que ao tentar cometer suicídio, acaba por conhecer Theodore e todos na escola achavam que ela o tinha salvo do suicídio e não o contrário, sendo ela um herói durante todo o ano letivo. De resto, não fiquei a saber muito mais sobre ela. Talvez por a exploração à personagem de Theodore ter sido tão boa, esta se tenha perdido pelo caminho, ou algo do género. É que durante toda a narrativa há falta de algo. Não sei bem dizer o quê, mas Violet apenas existe, mas não encanta o leitor nem fica a fazer parte da sua vida...

Tal como referi, não foi um livro que tivesse gostado particularmente. Achei-o fraco e a única coisa que o salvou foi a excelente caracterização da personagem de Theodore.

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