Autora: Holly Ringland
ISBN: 978-972-0-03062-7
Edição ou reimpressão: 09-2018
Editor: Porto Editora
Páginas: 400
Sinopse:
Um romance sobre as histórias que deixamos por contar e sobre as que contamos a nós próprios para sobrevivermos.
Alice tem nove anos e vive num local isolado, idílico, entre o mar e os canaviais, onde as flores encantadas da mãe e as suas mensagens secretas a protegem dos monstros que vivem dentro do pai.
Quando uma enorme tragédia muda a sua vida irrevogavelmente, Alice vai viver com a avó numa quinta de cultivo de flores que é também um refúgio para mulheres sozinhas ou destroçadas pela vida. Ali, Alice passa a usar a linguagem das flores para dizer o que é demasiado difícil transmitir por palavras.
À medida que o tempo passa, os terríveis segredos da família, uma traição avassaladora e um homem que afinal não é quem parecia ser, fazem Alice perceber que algumas histórias são demasiado complexas para serem contadas através das flores. E para conquistar a liberdade que tanto deseja, Alice terá de encontrar coragem para ser a verdadeira e única dona da história mais poderosa de todas: a sua.
Opinião:
Este livro chegou-me pelo correio com uma grande promoção de marketing da Porto Editora (foto em baixo), um pacote muito curioso e bem arranjado com um postal com palavras escritas pela autora para os leitores portugueses. Como devem calcular fiquei de imediato muitíssimo curiosa, mas esta curiosidade aumentou ainda mais quando as críticas de outras bloguers e youtubers de opiniões de livros começaram a sair e não ouvi/li uma única crítica negativa!! Seria possível sendo o primeiro livro da autora? Como devem calcular não resisti muito tempo sem tocar no livro e adorei-o!
Alice é uma criança com uma infância difícil, mesmo negra. Habituada a ver constantemente a mãe a servir de saco de pancada do pai, Alice mal sai das quatro paredes a que chama de casa, adorando as histórias que a mãe lhe conta e o amor que esta tem pelo seu jardim. Chega a sair de casa para ir à biblioteca da terra, o que quando é descoberto pelo pai lhe vale uma valente sova. Quando num momento triste como muitos outros da vida de Alice a sua casa queima até apenas sobrarem escombros, matando ambos os seus pais, Alice descobre que tem uma avó e vai viver com ela.
Aí descobre a linguagem das flores, descobre a felicidade e a infelicidade, tudo enquanto se tenta descobrir a si mesma. Tenta descobrir quem é, o que quer da vida, o que poderá fazer para não percorrer o caminho de todas as mulheres Hart...
Adorei este livro! Recomendo-se sem reserva alguma! Mal comecei a ler senti-me presa à narrativa. A autora, mesmo sendo este o seu primeiro livro, parece que já escreve há anos! Tem uma escrita fluída, fácil de nos prender e que passa ao leitor todas as emoções das personagens. Acompanhamos a personagem Alice desde que ela era pequena até ser uma mulher adulta que sabe o que quer para si mesma e durante todo este livro é isso que seguimos. A viagem de Alice para se descobrir a si mesma, para saber o que quer fazer com a sua vida e como a quer viver, sem depender de outros ou esperar que esses mesmos outros decidam por si.
Somos apresentados a inúmeras personagens, todas com os seus demónios mas também com esperanças e sonhos e vemos como essas pessoas ajudam ou são ajudadas por Alice, ajudando a história a continuar e a que Alice não fique parada na sua própria infelicidade ou por vezes até mesmo na sua felicidade, tornando assim Alice alguém que nos ensina a ser feliz por nós mesmos e a que a nossa felicidade não dependa de outros.
Para além da história em si, tenho que dar os parabéns à edição portuguesa, está lindíssima! As páginas iniciais de cada capítulo têm uma lindíssima decoração, é uma edição cuidada não só para quem gosta de ler, mas para quem gosta de "embelezar" a vista. Uma edição linda!
2 devaneios:
É maravilhoso!
ADOREI este paulucha :)
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