Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 240
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896571030
Sinopse:
No Verão de 1542, o cardeal Dom Miguel da Silva chega de barco a Veneza, vindo de Roma. Nomeado cardeal pelo papa Paulo III, provocou a ira do rei de Portugal que chegou a cortar relações diplomáticas com a Santa Sé e aplicou a Dom Miguel duras penas de desnaturalização e confisco dos bens. Dom João III tudo fez para impedir que Dom Miguel fosse o próximo Papa. O documento de autodefesa do cardeal, que serve de base a esta história, permanece ocultado nos arquivos secretos do Vaticano. Baseado em factos reais, este livro abre-nos durante cinco vertiginosos dias uma janela no tempo que nos transporta ao século XVI na Europa. A epopeia dos Descobrimentos, a cultura do Renascimento e os dias negros da Inquisição convivem com a atmosfera das intrigas e dos jogos de poder. Uma história fascinante que nos revela um mundo com as suas luzes e sombras. Entre o poder e a queda, a ambição e a inveja, o amor e o ódio, A Janela do Cardeal mostra que a cor do ouro domina o coração dos homens.
Opinião:
Sem dúvida alguma que nos últimos tempos ando a variar entre romances históricos e fantasia. E este não foge a essa alternância.
Este livro retrata a vida e as lutas do Cardeal Miguel da Silva e da sua vida longe da corte, pois teve que fugir de Portugal devido ao rei governante da altura, D. João III. Através dos seus olhos, vimos o desrespeito do rei para com ele, a saudade que o cardeal tinha das terras lusitanas e o quando lutou por Portugal, mesmo que tal tenha sido em vão. Não posso alongar-me muito no resumo deste livro, pois fazê-lo seria contá-lo e ele merece ser lido.
Dom Miguel, primo de Dom João III, é um homem muitíssimo religioso. Cardeal respeitado pelos altos membros da igreja católica, tinha todo o potêncial e apoio para se tornar o próximo Papa, e o primeiro Papa português. Mas tal não sucedeu devido a um ódio que o rei D. João III tinha contra o cardeal. O porquê? É difícil de dizer, nem mesmo o próprio cardeal compreendia o porquê de tal ódio. A ideia com que fiquei, depois de ler e ao relembrar-me de outros factos históricos, é que provavelmente tal estava relacionado com a nomeação de D. Henrique a Cardeal. É a única explicação mais lógica para esse facto. O certo é que esse ódio, como depois se encontra no livro, faz com que imensos acontecimentos sucedam, por exemplo, o rei, sabendo que o sobrinho de D. Miguel, D. Jorge da Silva tratava dos negócios do tio mandou-o encarcerar e depois exilar do país, simplesmente por estar a ajudar o tio.
É um bom livro, que embora tenha umas alturas melhores que outras, nos faz descobrir uma grande personagem, influente entre papas e famílias poderosas, mas que devido a um ódio sem sentido viveu o resto dos seus dias longe da sua terra mãe.
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