domingo, 12 de dezembro de 2010

Por Favor Não Matem a Cotovia

Autor: Harper Lee
Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 400
Editor: Difel
ISBN: 9789722906838
Colecção: Literatura Estrangeira

Sinopse:
Durante os anos da Depressão, Atticus Finch, um advogado viúvo de Maycomb, uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos, recebe a dura tarefa de defender um homem negro injustamente acusado de violar uma jovem branca. Através do olhar curioso e rebelde de uma criança, Harper Lee descreve-nos o dia-a-dia de uma comunidade conservadora onde o preconceito e o racismo caracterizam as relações humanas, revelando-nos, ao mesmo tempo, o processo de crescimento, aprendizagem e descoberta do mundo típicos da infância. Recentemente, alguns dos mais importantes livreiros norte-americanos atribuíram grande destaque ao livro, ao elegerem-no como o melhor romance do século XX.


Opinião:
O livro começa de uma forma nova, através do olhar atento e (ainda) inocente de duas crianças em especial, sendo contando por uma delas. Essas crianças são filhas de Atticus Finch, um advogado que cuida dos seus filhos à medida que trata de um caso deveras importante e frágil, de acordo com ele, o seu "Caso" especial como advogado. Um caso que acaba por o atingir não apenas fisicamente, mas mentalmente e sentimentalmente.

Atticus tem como missão provar que um simples homem negro, trabalhador, casado e com filhos, não violou uma mulher branca. Todas as testemunhas estão contra ele. A mulher afirma solenemente que ele é que se atirou a ela contra a sua vontade. O pai dessa mulher diz sem rodeios que o viu em cima da filha contra a vontade dela. Mas será que as coisas serão assim? Será que não é apenas o racismo frio e cruel existente naquela época, ainda mais frisado do que o existente nos dias de hoje, que faz com que todos acreditem que a culpa é do homem de raça negra? Mesmo quando é afirmado que este bateu à mulher branca com a mão esquerda, tendo o acusado a falta desta mesma mão desde que era um rapazinho pequeno? Será que o racismo fala mais alto? Será que a justiça fala mais alto? Ou será que a justiça difere de cor de pele para cor de pele?

Adorei! Este livro está simplesmente excepcional e mostra o racismo de uma forma única, através dos olhos atentos de uma pequena criança, que com a sua inocência pura, tenta compreender o racismo, tenta compreender o significado das palavras "amigo de pretos", algo que ela não vê mal nenhum, mas compreende pela maneira que é dito que é supostamente algo para magoar. Tenta compreender o porquê da professora achar Hitler um monstro por ter perseguido judeus apenas por serem diferentes, mas acha normal discriminar pessoas de pele negra por serem diferentes...

Sem dúvida um livro a ler que simplesmente adorei!!

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