quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Sob o Céu que Não Existe

Autora: Veronica Rossi
Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 296
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896573447

Sinopse:
O mundo mantinha-os separados, mas o destino reuniu-os. Aria viveu toda a vida no Casulo protegido de Reverie. Este era o seu mundo e nunca pensou sobre o que estaria para lá das fronteiras. Mas, quando a mãe desaparece, Aria vê-se confrontada a sair para o exterior para a procurar, e a sobrevivência no deserto o tempo suficiente para a encontrar parece impossível. Então Aria encontra um estranho chamado Perry. Ele também está à procura de alguém.
Mas é um Externo, um Selvagem, contudo é a única pessoa capaz de a manter viva na travessia do deserto. E se conseguirem sobreviver serão a esperança um do outro para encontrar respostas às perguntas que vão surgindo à medida que se vão conhecendo.


Opinião:
Devo dizer que tinha imensa curiosidade em ler este livro. Numa altura em que a moda dos livros eróticos começa a acalmar, decidi que uma distopia faria a diferença e sem dúvida que iria ser uma boa leitura. Dessa forma decidi ler este livrinho que foi uma das minhas aquisições mais recentes. E devo dizer uma aquisição muito bem vinda, pois gostei imenso deste livrinho.

Aria quer saber o que se passou com a sua mãe. Não tem notícias dela há demasiado tempo e vivendo ambas sozinhas e juntas há vários anos tal não faz sentido algum. A única forma que Aria tem de saber o que se passa com a mãe é juntar-se ao filho de um dos homens mais poderosos do casulo e descobrir se este com as suas aptidões e contactos a poderá ajudar. Mas acontece que este é um rapaz mimado, convencido e que acha que tudo tem que acontecer como este quer e que todos lhe irão obedecer. Ao conseguir sair do casulo, algo ilegal, este decide construir uma fogueira, algo que nunca fizera! Mas quando o fogo começa a aumentar Aria avisa-o que é melhor apagá-la antes que esta alastre. Convencido que Aria é um ser inferior, o rapaz ignora-a, começando dessa forma um enorme e perigoso fogo. Um fogo que leva à morte de diversas pessoas do grupo que fora com Aria, sendo que esta apenas é salva porque um estranho rapaz selvagem a ajuda. Um rapaz que volta a ajudá-la quando Aria é praticamente "deportada" pois o pai do rapaz que fizera a asneira era de tal maneira poderoso que quis livrar-se da única pessoa que poderia incriminar o filho. Uma deportação que leva a uma grande aventura que junta Aria e o rapaz selvagem, Perry, enquanto este procura o seu sobrinho raptado pelo povo de Aria.

O grande problema de toda a história foi o início. Entramos neste novo mundo de uma forma de tal maneira repentina que não sabia bem o que se passava e fiquei deveras perdida sobre quem era quem, o que andavam a fazer, qual era o perigo do que estavam a fazer. Foi um início mal pensado da parte da autora e achei que esta deveria fazer um início mais leve e de uma forma mais lenta. Falar um pouco do que se passava no mundo e de porque é que é perigoso eles estarem fora do tal Casulo. Pois foram estas as minhas questões ao iniciar o livro. Não percebia o que se passava, não percebia porque é que uns eram toupeiras e outros selvagens/externos.

É verdade que com o passar do livro estas perguntas começam a ser respondidas e devo dizer que após este início, quando a verdadeira acção começou, não consegui largar o livro por um único segundo. Adorei a personagem de Aria, foi uma personagem que se foi construindo ao longo do livro e cuja coragem e outras características foram despertadas quando as situação assim requeriam. Essas características eram ainda mais berrantes quando estava com Perry, um selvagem, como Aria lhe chama. Um selvagem que adora o sobrinho, é forte e corajoso e de tal forma honrado que sente que a culpa de o sobrinho ter sido raptado é sua, acabando por decidir procurá-lo e encontrá-lo custe o que custar.

Acontece que uma catástrofe acontecera no mundo e dessa forma as pessoas dentro do casulo (ou toupeiras), viviam uma felicidade computacional, sendo que estavam como que adormecidos e usavam uns aparelhos informáticos que lhes permitia viajar para onde quiserem, comerem o que quiserem e viver o que quiserem. Já as pessoas que vivem fora do casulo (os selvagens/externos) são pessoas que não vivem com esta tecnologia, quase que como vivendo como o Homem nos tempos antigos.

A verdade é que este livro apesar de tudo centrou-se essencialmente no romance entre Aria e Perry, havendo pouco desenvolvimento relativamente ao porquê de existirem externos e toupeiras. Este assunto começou a desenvolver-se no final do livro, mas estou com mais curiosidade em saber mais sobre ele e em saber ainda mais sobre o romance de Aria e Perry depois do que aconteceu no final do livro.

Uma trilogia que irei seguir e uma muito boa aposta da editora!

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