segunda-feira, 23 de junho de 2014

O Marciano

Autor: Andy Weir
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 384
Editor: TopSeller
ISBN: 9789898626387

Sinopse:
Uma Missão a Marte. Um acidente aparatoso. A luta de um homem pela sobrevivência.
Há exatamente seis dias, o astronauta Mark Watney tornou-se uma das primeiras pessoas a caminhar em Marte. Agora, ele tem a certeza de que vai ser a primeira pessoa a morrer ali.
Depois de uma tempestade de areia ter obrigado a sua tripulação a evacuar o planeta, e de esta o ter deixado para trás por julgá-lo morto, Mark encontra-se preso em Marte, completamente sozinho, sem perspetivas de conseguir comunicar com a Terra para dizer que está vivo. E mesmo que o conseguisse fazer, os seus mantimentos esgotar-se-iam muito antes de uma equipa de salvamento o encontrar.
De qualquer modo, Mark não terá tempo para morrer de fome. A maquinaria danificada, o meio ambiente implacável e o simples «erro humano» irão, muito provavelmente, matá-lo primeiro. Apoiando-se nas suas enormes capacidades técnicas, no domínio da engenharia e na determinada recusa em desistir — e num surpreendente sentido de humor a que vai buscar a força para sobreviver —, ele embarca numa missão obstinada para se manter vivo. Será que a sua mestria vai ser suficiente para superar todas as adversidades impossíveis que se erguem contra si?
Fundamentado com referências científicas atualizadas e impulsionado por uma trama engenhosa e brilhante que agarra o leitor desde a primeira à última página, O Marciano é um romance verdadeiramente notável, que se lê como uma história de sobrevivência da vida real.


Opinião:
Admito que a capa do livro me chamou imenso a atenção, mas a sinopse foi o verdadeiro factor que me levou a querer lê-lo. Apesar de ser uma sinopse que não diz muito da história, há algo nela que me "puxa" para o livro e embora este não seja de todo o meu género literário, não consegui deixar de ter vontade de o ler mal me chegou às mãos.

Mark Watney ia fazer uma missão rotineira a Marte. Uma missão onde ele seria a última pessoa da tripulação a pisar a terra, estando na missão por puro acaso, sendo mais auxiliar do que propriamente alguém vital para a mesma. Ele sabia isso e os seus colegas também. Também sabia que a nave apenas tinha meios de subsistência para a tripulação durante um determinado período de tempo o que poderia ser um sério problema... Afinal de contas, Mark Watney, por um azar temporal, acaba por ficar preso sozinho em Marte, sendo que toda a tripulação da nave onde seguia pensa que ele está morto. Mark sabe que a próxima missão será apenas dali a 4 anos e fazendo as contas aos meios que tem para sobreviver sabe que a chance de se aguentar durante todos esses anos é muito baixa.

Tudo pode acontecer... Morrer por falta de oxigénio ou falta de água... Se a unidade onde ficou a morar (que é suposto durar apenas 31 dias totalmente funcional) se partir, também morrerá... Tudo está contra Mark, que decide então colocar o seu engenho de botânico e de engenheiro em funcionamento e tentar fazer o máximo para conseguir sobreviver até arranjar uma opção que lhe permita sobreviver naquele deserto vermelho, onde nada nem ninguém sabe que ele está...

ADOREI o livro. Acho que adorar é pouco. Este livro está espectacularmente bem escrito. Sendo falado na primeira pessoa, Mark é uma personagem com quem criamos imediata afinidade. Divertido e bem humorado, apesar de estar na situação em que está, Mark é daquelas pessoas que qualquer um gostaria de ter como amigo e que acaba por usar o seu excelente sentido de humor para não endoidecer na situação horrível em que se depara. Foi uma daquelas personagens que ficamos a conhecer tão bem pelos seus pensamentos e pela narrativa na primeira pessoa que acabamos por o começar a considerar um amigo que conhecemos já há vários anos.

Apesar da realidade futurista do livro, todos os factos são muitíssimo bem descritos e as ideias mirabolantes de sobrevivência de Mark são absolutamente fantásticas e muito bem explicadas, sendo que todos os percalços que ocorrem durante essas ideias, apenas tornam o livro muito mais realista para o leitor, que fica a torcer do início ao fim por Mark.

Mas este livro não se passa apenas em Marte, sendo que devido aos inúmeros satélites em órbita, acaba-se por descobrir que Mark está vivo, embora essa situação seja precária. Acabamos assim por observar o esforço humano que se faz para se salvar um homem que muitos não conhecem, mas que acabam por admirar pela sua perseverança face à situação em que está. Na Terra vemos as ações humanas daqueles que trabalham no plano que poderá salvar Mark, dos meios de comunicação que encontram na sua situação um novo caso de vida brilhante, dos administrativos cuja missão é conseguirem que este incidente não soe mal aos olhos da imprensa...

Um livro que me surpreendeu pela positiva e que aconselho sem reservas!

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