sábado, 27 de setembro de 2014

Desculpe Sr. Nobel

Autora: Maria Helena Ventura
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 304
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896376291

Sinopse:
Joana Cabral Cid, jornalista e investigadora forense, viaja até Estocolmo quando a Academia Sueca se prepara para anunciar o vencedor do Nobel da Literatura. O motivo: tentar descobrir quem matou Thomas Moonland, o grande candidato ao cobiçado prémio. 
Depois de se encontrar com a psicóloga criminal Klara Drottning, que investiga o estranho homicídio, Joana vê-se envolvida numa investigação paralela e privada. Rapidamente mergulha num clima de insegurança que contraria a imagem idílica que sempre tivera de Estocolmo. 
Ainda fragilizada pelo fim da única relação séria da sua vida, Joana procura um colega que conhecera na capital sueca, Kendryck O´Brien. Precisa desse apoio para diluir o medo que sente pela sua vida e, quem sabe, descobrir a teia de conspiração por trás do homicídio. 
Mas quando ninguém é quem parece ser, e tão longe da segurança a que se habituou em Portugal, Joana mergulha numa espiral de traição e perda, mas também de esperança por um recomeço onde menos se esperava.


Opinião:
Admito que este livro foi daqueles que ora eu tinha curiosidade de ler, ora pensava que não fazia de forma alguma o meu género. A capa fazia-me pensar nisto e a sinopse não me ajudava muito a querer ler o livro, o que não foi de forma alguma positivo. Desta forma entrei na leitura deste livro de pé atrás, mas acabei por lê-lo rapidamente. A opinião global? É um livro estranho, cuja leitura embora não seja totalmente fluída, acaba por prender de qualquer forma o leitor.

Thomas Moonland, um dos escritores com maiores probabilidades de ganhar o Nobel da Literatura, é encontrado morto. E uma morte em nada natural. Tendo uma habilidade natural de juntar a escrita com a investigação, Joana Cid decide que aquele pode ser um dos grande crimes do ano e consegue ser a jornalista principal no caso, o que a leva a Estocolmo, o local onde Thomas Moonland havia sido encontrado morto.

Tendo diversos contactos que a prometem ajudar, Joana acaba assim por entrar num mundo muito diferente daquele que ela esperava, onde honra é apenas uma palavra e verdade é outra ainda mais fugaz. Um mundo onde a inveja e o ódio imperam e o que parece ser amor e respeito acaba por ser algo mais, algo muito mais profundo. Para além desta grande investigação, que coloca Joana em perigo no meio da cidade de Estocolmo, o seu coração também será colocado à prova, acabando este por ser a verdadeira chave de todo o mistério.

Que me lembre, nunca li nada desta autora, embora houvessem um ou outro livro históricos da mesma que eu tenha andado de olho. Mas outros livros começaram a chegar e dessa forma acabei por esquecer aqueles que andava a namorar da autora, passando para o fim de lista. Comecei a ler este simplesmente porque sim e acabei por descobrir um autora que me deixou com diversas dúvidas em mente, pois se por um lado gostei da história, por outro quase não me apetecia pegar no livro.

A escrita da autora não é uma escrita totalmente fluída e embora bem articulada é preciso estarmos com imensa atenção durante toda a narrativa, algo que num momento que eu queria ler algo mais leve acabou por não me prender a 100%. Além disso, e acho que isto é mesmo a forma de escrita da autora, haviam inúmeras frases sem pontos finais o que me fez imensa confusão e isto foi um facto que não consegui ultrapassar de forma alguma ao longo de todo o livro. Juro que tentei, mas fez-me imensa impressão e sendo o primeiro livro que li da autora não sei bem se é normal na escrita da mesma, mas considerado que a falta de pontos finais ocorria em todas as páginas do livro, concluo que assim seja.

A história começa de uma forma muito aberta. É-nos apresentado o problema mas nunca nos são revelados muitos pormenores. O mistério é construído lentamente e sem pressa alguma, dando-nos desta forma a conhecer as personagens em pormenor e todos os seus motivos, o que acaba por nos permitir criar as nossas teorias da conspiração. Este início não funcionou muito bem para mim, pois a falta de informações aliada a uma escrita que não faz de forma alguma o meu género, acabou por me impedir de desfrutar da história que até era boa. As personagens eram bem desenvolvidas e acabávamos por compreender o porquê de fazerem o que faziam, mas apesar disso foi um livro que não me ficou na cabeça. Uma história que é facilmente esquecida e culpo a escrita por isso. Pelo menos no meu caso a escrita foi a grande barreira, impedindo-me de gozar da leitura no seu pleno.

Um livro que acredito que muitos gostem, mas que para mim foi apenas mais um livro, não me ficando propriamente na memória. 

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