Autor: Breno Melo
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 280
Editor: Chiado Editora
ISBN: 9789895123315
Sinopse:
Marina é uma jovem que faz tratamento para a síndrome do pânico. Às voltas com o ingresso na universidade, um novo romance e novas experiências, Marina tem seu primeiro ataque de pânico. Sua vida vira de cabeça para baixo no momento mais inapropriado possível e então psiquiatras e psicólogos entram em cena. Acompanhamos suas idas ao psiquiatra e ao psicólogo, o tratamento farmacológico e a psicoterapia. Ao mesmo tempo, conhecemos detalhes de sua vida amorosa e sexual, universitária e profissional, social e familiar na medida em que elas são marcadas pela síndrome. Um tema atual. Uma excelente obra tanto para conhecimento do quadro clínico como entretenimento, narrada com maestria e de uma sensibilidade notável.
Opinião:
Este foi um daqueles livros que quando vi que ia sair fiquei com curiosidade, mas ao mesmo tempo fiquei um pouco "pé atrás". Parecia-me um livro interessante, um tema igualmente chamativo mas admito que o que me fez confusão foi o autor ser brasileiro. Apesar de ser uma língua muito semelhante à nossa, a verdade é que há certas expressões que me fazem confusão ao ler (já experimentei ler um ebook em brasileiro uma vez). Mas após ser contactada o autor, que tentava divulgar o seu livro através de diversos blogues, acabei por não resistir e apesar deste meu preconceito, comecei a lê-lo.
Marina era uma jovem como qualquer outra. Uma rapariga cheia de amigos, com um namorado fantástico e uma vida familiar como qualquer outra. Apesar de ser uma aluna exemplar, nunca tendo más notas ou criando más opiniões no seio da comunidade escolar, a sua mãe continua a ser extremamente exigente, obrigando-a a estudar não para um, não dois mas para seis exames de entrada a diferentes universidades. Apesar de já saber para onde queria ir e o que queria fazer, acaba por ser levada pela mãe a fazer todos estes exames, enquanto esta continua a fazer pressão para a filha não fazer outra coisa senão estudar, referindo-lhe o horrível futuro que a esperava se não entrar em nenhuma universidade.
Preocupada, Marina tem então o seu primeiro ataque de pânico. Sente como se o mundo se fechasse em seu redor, a sua respiração parece querer parar e nada do que está em seu redor é conhecido. Inicialmente pensara que era um caso isolado, mas rapidamente compreende que algo de estranho se passa com ela, algo que não era suposto acontecer e que muda o seu mundo do dia para a noite.
Admito, o que me custou inicialmente neste livro foram as expressões brasileiras. Daí que a minha entrada no livro tenha sido mais lenta e com alguns percalços devido a esta linguagem. Apesar disso, visto o autor escrever muito bem, passadas algumas páginas comecei a habituar-me às expressões brasileiras, sendo que a partir daqui a leitura tornou-se muito mais fluída e rápida. Marina está muito bem caracterizada e desde o início compreendemos os seus medos e receios, sentindo o que esta sente e querendo a todo o custo ajudá-la. Fazemos figas, querendo que tudo corra pelo melhor para a personagem principal e para todos aqueles que a rodeiam.
O que gostei menos em toda a escrita foi a grande incidência deste livro na religião, apesar de ser algo que compreendo. Eu não sou religiosa e gostava mais de ver os obstáculos de Marina a serem ultrapassados pela fé em si mesma, e não tanto a fé na religião, algo que está muitíssimo presente eu toda a narrativa. Marina confia em Deus as suas preocupações e os seus medos, acreditando que, apesar de Este a ter traído dando-lhe aquela doença, haveria uma razão por trás de tudo. Esta foi a única parte do livro que me custou mais a "engolir", mas apesar disso acabei por ultrapassar essa impressão.
Foi um livro que se leu bem e que demonstra uma grande pesquisa, da parte do autor, do psicológico de pessoas que sofrem de ataques de pânicos. Experimentem!
Este foi um daqueles livros que quando vi que ia sair fiquei com curiosidade, mas ao mesmo tempo fiquei um pouco "pé atrás". Parecia-me um livro interessante, um tema igualmente chamativo mas admito que o que me fez confusão foi o autor ser brasileiro. Apesar de ser uma língua muito semelhante à nossa, a verdade é que há certas expressões que me fazem confusão ao ler (já experimentei ler um ebook em brasileiro uma vez). Mas após ser contactada o autor, que tentava divulgar o seu livro através de diversos blogues, acabei por não resistir e apesar deste meu preconceito, comecei a lê-lo.
Marina era uma jovem como qualquer outra. Uma rapariga cheia de amigos, com um namorado fantástico e uma vida familiar como qualquer outra. Apesar de ser uma aluna exemplar, nunca tendo más notas ou criando más opiniões no seio da comunidade escolar, a sua mãe continua a ser extremamente exigente, obrigando-a a estudar não para um, não dois mas para seis exames de entrada a diferentes universidades. Apesar de já saber para onde queria ir e o que queria fazer, acaba por ser levada pela mãe a fazer todos estes exames, enquanto esta continua a fazer pressão para a filha não fazer outra coisa senão estudar, referindo-lhe o horrível futuro que a esperava se não entrar em nenhuma universidade.
Preocupada, Marina tem então o seu primeiro ataque de pânico. Sente como se o mundo se fechasse em seu redor, a sua respiração parece querer parar e nada do que está em seu redor é conhecido. Inicialmente pensara que era um caso isolado, mas rapidamente compreende que algo de estranho se passa com ela, algo que não era suposto acontecer e que muda o seu mundo do dia para a noite.
Admito, o que me custou inicialmente neste livro foram as expressões brasileiras. Daí que a minha entrada no livro tenha sido mais lenta e com alguns percalços devido a esta linguagem. Apesar disso, visto o autor escrever muito bem, passadas algumas páginas comecei a habituar-me às expressões brasileiras, sendo que a partir daqui a leitura tornou-se muito mais fluída e rápida. Marina está muito bem caracterizada e desde o início compreendemos os seus medos e receios, sentindo o que esta sente e querendo a todo o custo ajudá-la. Fazemos figas, querendo que tudo corra pelo melhor para a personagem principal e para todos aqueles que a rodeiam.
O que gostei menos em toda a escrita foi a grande incidência deste livro na religião, apesar de ser algo que compreendo. Eu não sou religiosa e gostava mais de ver os obstáculos de Marina a serem ultrapassados pela fé em si mesma, e não tanto a fé na religião, algo que está muitíssimo presente eu toda a narrativa. Marina confia em Deus as suas preocupações e os seus medos, acreditando que, apesar de Este a ter traído dando-lhe aquela doença, haveria uma razão por trás de tudo. Esta foi a única parte do livro que me custou mais a "engolir", mas apesar disso acabei por ultrapassar essa impressão.
Foi um livro que se leu bem e que demonstra uma grande pesquisa, da parte do autor, do psicológico de pessoas que sofrem de ataques de pânicos. Experimentem!
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