sexta-feira, 26 de junho de 2015

O Diário de Mary Berg

Autora: Mary Berg
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 352
Editor: Vogais
ISBN: 9789898491404

Sinopse:
Em 1939, no dia do seu décimo quinto aniversário, enquanto as forças nazis começavam a apertar o cerco sobre Varsóvia, Mary Berg começou a escrever este diário. Nesse momento, ela ainda não sabia que, quatro anos depois, teria preenchido 12 cadernos com as suas memórias do terror nazi, recordando com detalhes vívidos alguns dos mais importantes e dramáticos acontecimentos do século XX.
Desde o cerco das forças alemãs a Varsóvia até à final, e brutal, supressão da Insurreição do Gueto, Mary Berg documenta a provação dos refugiados, a luta diária pela sobrevivência, os recrutamentos forçados de judeus, as deportações e o heroísmo dos lutadores da Resistência que se ergueram contra a opressão alemã.
Libertada através de uma troca com um prisioneiro dos Aliados, Mary Berg levou consigo os cadernos que escrevera durante quatro anos. Ao fazê-lo, deixou-nos um dos documentos mais extraordinários da Segunda Guerra Mundial: publicado originalmente em 1945, este diário dramático e impactante foi o primeiro a revelar a verdade sobre o Holocausto, um dos capítulos mais negros da História contemporânea.


Opinião:
Gosto imenso de livros que relatam o horror que se viveu durante a segunda guerra mundial. Gosto de ler os relatos e de saber o quão inumano era o ser humano, um ser que é suposto sentir empatia e pena. Essa foi a grande razão para decidir ler este livro. A chancela Vogais aposta imenso neste género de literatura e decidi experimentar um dos seus livros.

Mary Berg sempre gostara de escrever, era a sua forma de passar de ultrapassar o que via e sentia. Uma maneira que tinha que revelar os seus sentimentos ao mundo e de os conseguir ver e sentir por outros olhos. No início da segunda guerra Mary era filha de uma família influente. Tinham uma boa posição social e eram felizes. Até que repentinamente começaram a ocorrer cercos aos judeus. Sendo judia, Mary sentiu medo que só foi ligeiramente aplacado por a sua mãe ter nacionalidade inglesa, o que acabava por lhe dar uma certa segurança em relação a muitos dos seus colegas e amigos.

Apesar dessa segurança, Mary também sentiu na pele a fome e o medo. A tristeza da perda e da morte. Tendo passado por tivermos guetos de judeus e até mesmo por campos de concentração Mary era uma das "afortunadas" que eram colocadas de lado por serem de família inglesa, mas nem por isso deixou de ver o que acontecera em primeira fila, sempre com receio que, por alguma razão, o visto da mãe fosse ignorado e fossem mortas e levadas para os piores campos de concentração que existiam.

É um relato forte e que conta em primeira mão todos os acontecimentos por que Mary passou e de tudo o que ela viu os amigos, familiares e outros desconhecidos ultrapassar. Aconselho, apesar de ser forte, como todos os livros do tema.

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