Edição/reimpressão: 2016
Páginas: 456
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04801-1
Sinopse:
Sebastien de Savin é um brilhante cirurgião cuja habilidade e arrogância representam uma mistura explosiva. No passado, um segredo obscuro foi o responsável pelo endurecer do seu coração, até que um milagre acontece. O milagre dá pelo nome de Amy Miracle, uma rapariga tímida com um emprego de verão nas vinhas da família de Savin e a última pessoa pela qual alguém como Sebastien esperaria apaixonar-se.
Um acaso junta-os: graças a Sebastien, Amy escapa de uma vida de pobreza e abusos psicológicos, adquire autoconfiança e progride numa carreira de sucesso. Graças a Amy, Sebastien reaprende a rir e desperta para o amor. No entanto, a vida real separa-os. Embora tendo passado pouco tempo juntos, a memória desses preciosos momentos assombra-os durante anos. Até ao dia em que os seus caminhos se cruzam novamente…
Repleto de personagens bem-humoradas e apaixonantes, Milagre é sobretudo uma história de amor e de conflito inesquecível, que mostra como o amor pode parecer improvável, mas nunca é impossível.
Opinião:
A autora é extremamente conhecida e com razão. Tem uma escrita deliciosa e as suas histórias são românticas e sensíveis, histórias que farão os mais sonhadores suspirar. Essa foi a principal razão para ter começado a ler este livro e admito que gostei do que encontrei.
Amy é uma rapariga pobre e triste. Tem um pai que está constantemente bêbado e que a trata mal e miseravelmente , tendo inclusive vergonha de sair de casa e dizer de quem é filha. O seu grande sonho é casar com o namorado e finalmente conseguir sair daquele pesadelo, daquela casa e de perto do seu pai. Para conseguir juntar algum dinheiro para seguir esse sonho, durante as férias, Amy vai trabalhar para uma quinta onde se sente como uma praga. As pessoas não falam nem se aproximam dela com medo que ela lhes fizesse alguma coisa, com medo de serem conhecidas por se associarem com a filha do bêbado da terra. Mas quando Sebastian, filho do dono das vinhas, decide defender a rapariga desprotegida com quem o chefe das vinhas está a discutir, a vida de ambos muda por completo.
Sebastian sempre fora protegido. Nunca tivera amigos verdadeiros e tinha uma maneira de ser que não era fácil. Mimado e demasiado senhor de si mesmo, vê em Amy alguém que precisa de ser protegido e alguém por quem sente uma repentina simpatia. Algo que é recíproco. Acabam por se tornar grandes amigos, amigos com sentimentos que os podem levar para além de amizade. Mas a diferença de idades e de escala social é demasiado grande e apesar de Sebastian achar que deveria ajudar Amy ao máximo, acaba por se ir embora, mudando de país e viajando para longe dela, deixando-a com dinheiro suficiente para ter uma boa educação e uma vida sossegada.
Mas aquela faísca nunca morrera e acaba por acompanhar as duas personagens ao longo de toda a sua vida. Não conseguem impedir de comparar todos os novos namorados/namoradas com aquele antigo amor e tudo volta àquela época e àquele dia nas vinhas.
Foi um livro que me surpreendeu pela estranheza das personagens e pela força das mesmas. Amy é uma daquelas personagens com quem simpatizamos de imediato. Querida, amiga de todos, justa e alegre, é uma daquelas pessoas com quem qualquer leitor simpatiza de imediato. Acompanhamos a sua jornada de menina "abandonada", com medo de tudo e todos, para mulher determinada e que tem um saber superior a muitos. Sebastian é uma personagem que nos faz suspirar com as ações que toma para com Amy, mas apenas nesses casos, pois em outros é convencido e uma personagem com quem é difícil criar alguma relação emocional positiva.
A história acaba por ser previsível, mas são os momentos que deixam o leitor a suspirar que valem a pena e acreditem que não são poucos. A relação entre as personagens é uma verdadeira montanha russa e quando pensamos que finalmente tudo está bem algo horrível acontece, havendo sempre algo que volta a "elevar o espírito".
Foi um livro que gostei, uma excelente autora a ter debaixo de olho.
2 devaneios:
Não estava a pensar lê-lo, mas agora acho que vou procurá-lo :)
Eu li mas confesso que não lhe achei muita piada...
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