Autora: Gin Phillips
ISBN: 9789896655259
Edição ou reimpressão: 01-2018
Editor: Suma de Letras
Páginas: 272
Sinopse:
Lincoln é um bom menino. Aos quatro anos, é curioso, inteligente e bem-comportado. Lincoln faz o que a mãe diz e sabe quais são as regras.
«As regras hoje são diferentes. As regras são que temos de nos esconder e não deixar que o homem da pistola nos encontre.»
Quando um dia comum no Jardim Zoológico se transfoma num pesadelo, Joan fica presa com o seu querido filho. tem de reunir todas as suas forças, encontrar a coragem oculta e proteger Lincoln a todo o custo - mesmo que isso signifique cruzar a linha entre o certo e o errado, entre a humanidade e o instinto animal.
É uma linha que nenhum de nós jamais sonharia cruzar.
Mas, por vezes, as regras são diferentes.
Um passeio de emoção magistral e uma exploração da maternidade em si - desde os ternos momentos de graça até ao poder selvagem. Reino de Feras questiona onde se encontra o limite entre o instinto animal para sobreviver e o dever humano de proteger os outros. Por quem deve uma mãe arriscar a sua vida?
Opinião:
Início do ano e este foi na altura o primeiro livro que recebi como prendinha das editoras, muito obrigada! Gostei imenso da capa, diferente do normal e que admito, na altura nem me fez lembrar do Jardim Zoológico mas sim (por alguma razão que nem eu sei bem), do circo. Gostei da capa apesar de achar que para esta narrativa propriamente dita não se liga assim muito bem com o livro. Isto porque para mim remete para um policial e não bem a um thriller, mas claro que esta é uma opinião pessoal.
Lincoln adora ir ao jardim zoológico. E a mãe não lhe resiste a fazer o pedido diversas vezes por semana. Adora ver aquela felicidade tão transparente que lhe surge no rosto quando está com os animais. Mas a juntar a isso esta mãe adora o sossego que sente no jardim zoológico que está dentro da cidade, parecendo que estão em outro local qualquer. Quando vão a sair do jardim zoológico, afinal já é hora de fecho e não está nada a apetecer ficarem fechados, Joan - a mãe -, vê algo em que não quer acreditar. Ouve disparos e vê corpos a cair como se de peças de dominó se tratassem... Nesse momento apenas pensa em duas coisas... Fugir e salvar o seu filho!!
Este é um livro que apesar de nas primeiras páginas parecer um thriller cheio de ação, para mim acabou por ser um livro de reflexão. Afinal de contas, o que é que uma mãe consegue fazer, ou está disposta a fazer, por um filho? Eu, não sendo mãe, não tentei colocar-me no lugar desta mãe que é acompanhada durante a narrativa, mas tentei fazer o mesmo como filha e irmã. O que faria pela família? Seria capaz a ter atitudes menos humanas para as salvar se me visse dentro de um pesadelo como aquele descrito neste livro? São estas algumas das questões que ficamos durante e após a leitura deste livro... Será que a infância de uma criança poderá escrever como esta será no futuro? Ou será que existe sempre tempo para mudar e esperança que seja alguém melhor no futuro, tenha uma boa ou má infância?
Uma narrativa que tem um ritmo que para mim foi lento. Uma coisa esquisita pois ora estamos num local ora estamos em outro local do zoo. Mas isto foi sempre com um ritmo mais lento porque, apesar de mudarem de localização, os pensamentos da personagens principal são sempre muito semelhantes. As preocupações são sempre as mesmas. As perguntas e crises que tem durante toda esta jornada acabam por não sair do mesmo. Claro que compreendo que numa situação destas não se pensa em muito mais do que sobreviver, mas mesmo assim... senti falta de mais emoção! E essa emoção apenas foi sentida a sério - para mim -, numa escolha que Joan faz, que inclui um caixote do lixo (não vos quero desvendar mais) e quando um dos assassinos do jardim zoológico conhece uma das personagens que lá ficara presa - da sua infância -, e que vamos conhecer ao longo da narrativa.
Foi um livro que se leu bem pois também acaba por ser curto, mas que podia ter explorado outras nuances ou até mesmo ter continuado com a mesma exploração mas com diferentes situações. Acaba por ser uma narrativa muito repetitiva quando o livro tinha muito mais do que isso para dar. Apesar disso acaba por ter - o que a meu ver é o grande ponto forte do livro - algumas questões que levam o leitor a refletir. Um livro de que esperava mais mas que aconselho que cada um o leia e tire as suas próprias conclusões e reflexões.
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