Autor: Omar El Akkad
ISBN: 9789897730993
Edição ou reimpressão: 03-2018
Editor: Saída de Emergência
Páginas: 352
Sinopse:
O relato de uma América futura despedaçada pelas suas divisões políticas, tribais e humanas. Sarat Chestnut nasceu no Louisiana e tem apenas seis anos quando a Segunda Guerra Civil Americana eclode em 2074. Mas até ela sabe que o petróleo é proibido, que metade do Louisiana está submerso e que drones não tripulados sobrevoam os céus. Quando o seu pai é morto e a sua família é obrigada a viver num campo de refugiados, ela rapidamente começa a ser moldada por esse tempo e lugar até que, finalmente, pela influência de um misterioso funcionário, se transforma num instrumento mortífero da guerra. A sua história é contada pelo seu neto, Benjamin Chestnut, que nasceu durante a guerra - parte da Geração Milagrosa - e é agora um idoso a confrontar os segredos negros do passado, do papel da sua família no conflito e, em particular, a importância da sua tia, uma mulher que salvou a sua vida ao destruir a de outros.
Opinião:
Adorei a capa deste livro... e quando reparei que estavamos a falar de uma distopia, não resisti a começar a lê-lo. As distópias estão de novo em moda. Desde que diversas séries inspiradas em livros desse tipo saíram (como por exemplo "The Handmaid's Tale" ou "Altered Carbon") voltamos a encontrar novos títulos deste género literário nas livrarias, e sento eu uma fã não poderia estar mais contente!!
As mudanças climáticas levam a que as terras costeiras comecem a desaparecer, as pessoas - as poucas que ainda foram a tempo de escapar -, encontram-se desesperadas a tentar refazer a vida em locais que não as querem acolher... A juntar a isso, os combustíveis fósseis começam a faltar e a natureza cruel da humanidade fala mais alto, partilhar os combustíveis entre nações ou guardar para não faltar a uma nação?
Uma verdadeira segunda guerra civil começa a acontecer na América, as diversas nações formam grupos que lutam uns contra os outros e campos de refugiados começam a aparecer em diversas zonas do país. Sarat era uma rapariga de seis anos quando tudo começou. Sempre vivera feliz com a sua família e nunca pensara que a guerra fosse destruir tudo em que acreditava.
Neste livro acompanhamos Sarat desde a felicidade que tinha ao morar com a sua família - o pai, mãe e a irmã -, a sua fuga para um abrigo, a sobrevivência no campo de refugiados - que pelas descrições me fizeram lembrar as favelas do Brasil -, e da sua última grande ação, que mudou toda uma nação...
Seguimos uma protagonista com quem nunca consegui sentir apatia... uma criança inocente que desde cedo aprendeu que tinha que sobreviver. E isso podia implicar ações que nunca se sentira orgulhosa, mas o que interessava no final era viver. Tudo o que lemos sobre a vida da personagem faz-nos questionar se as suas ações foram as corretas, se não existiria outra maneira. A personagem transforma-se de uma menina fofa nunca adolescente fria e numa mulher acabada. Frieza essa que é a única maneira que tem que sobreviver. E frieza essa que a faz ser escolhida para mudar o futuro através de uma única ação.
Acaba por ser um livro com uma escrita crua. A autora quer mesmo chocar-nos, levar-nos a pensar o que faríamos se estivessemos na mesma situação que Sarat. O que escolheríamos? A nossa humanidade? A nossa vida? Será que ambas são a mesma coisa? Será que num cenário de guerra e loucura escolher a humanidade ajuda-nos a sobreviver ou faz precisamente o contrário?
Um livro cru, pesado de ler pois não tem uma narrativa simples e leve, mas que nos leva a pensar... o que faríamos se estivessemos no lugar de Sarat?
Acaba por ser um livro com uma escrita crua. A autora quer mesmo chocar-nos, levar-nos a pensar o que faríamos se estivessemos na mesma situação que Sarat. O que escolheríamos? A nossa humanidade? A nossa vida? Será que ambas são a mesma coisa? Será que num cenário de guerra e loucura escolher a humanidade ajuda-nos a sobreviver ou faz precisamente o contrário?
Um livro cru, pesado de ler pois não tem uma narrativa simples e leve, mas que nos leva a pensar... o que faríamos se estivessemos no lugar de Sarat?
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