segunda-feira, 17 de setembro de 2018

O Adeus a Zoë

Autora: Alyson Noël
ISBN: 9789896487553
Edição ou reimpressão: 03-2016
Editor: IN
Páginas: 240

Sinopse:
A Echo é uma típica adolescente de 15 anos, que tenta sobreviver à escola sem ficar traumatizada com os problemas com os namorados, os dramas das amigas e as questões escolares. E, como se isto não bastasse, está ainda a recuperar do assassínio da sua irmã Zoë, uma tragédia que mudou a sua vida por completo. E, quando o antigo namorado da Zoë lhe entrega o diário da irmã, a Echo pensa que não há lá nada que ela já não saiba, mas, à medida que vai cedendo à curiosidade e o vai lendo, descobre que a sua irmã guardava um segredo que ninguém poderia imaginar, nem mesmo ela.


Opinião:
Já não leio um livro de Alyson Noël há anos!! Na altura li a saga Os Imortais (apesar de não a ter terminado) e cheguei a ler a série Riley Bloom. Nessa altura gostava da sua escrita, mas para um público juvenil que era exatamente o que eu era.

Echo sempre fora a irmã que nunca pertencera a lado nenhum, a irmã marrona, que preferia mil vezes ficar sozinha em casa a estudar a ir sair com os amigos. Sempre fora Zöe a "alegria" da casa, aquela que saia com os pais, que tinha sempre mil planos diferentes e a popular da escola. Mas de um momento para o outro a vida de Zöe desaparecera e todos sofrem com isso, sendo que Echo, a sua irmã mais novo, não sabe qual a forma de lidar com tudo aquilo. As únicas pessoas com quem poderia falar mais abertamente, os pais, são péssimos ouvintes desse assunto. A mãe só está minimamente bem a tomar antidepressivos e o pai tenta estar o mínimo tempo possível em casa.

Todos culpam o ex namorado de Zöe, Marc, pelo que lhe acontecera mas este quer provar que a culpa não fora dele e para isso entrega o diário de Zöe a Echo e é aí que ela fica a conhecer a irmã de uma forma que nunca julgara possível.

Foi um livro que me surpreendeu. Se inicialmente não estava presa na narrativa, com o avançar da mesma comecei a ligar-me mais às personagens e a querer saber o que tinha corrido mal ao ponto de Zöe ter sido encontrada morta. Senti pena da personagem de Echo, as suas dúvidas e crises de identidade. A forma como queria estar mais perto da falecida irmã e como mudou após toda a narrativa. Foi uma personagem com quem senti empatia, sendo ela o fio condutor de toda a história.

Por outro lado achei Zöe inconsequente (pelo menos de acordo com o diário, pois Zöe está morta ao longo de toda a narrativa). Havia momento em que gostava dela e outros em que a achava mais infantil que Echo, a sua irmã mais nova. Notava-se que era uma pessoa mimada que parecia que ainda não tinha descido ao mundo real e que queria tudo de acordo com o plano que já tinha delineado. E Marc foi outra personagem que me irritou um pouco, nunca percebia se ele era bom, mau, ou simplesmente "trocado das ideias", era também ele uma personagem inconstante e não sei se fez bem a Echo ou se só a baralhou mais.

Um livro que se lê muito bem e rapidamente, a escrita da autora é fluída e descomplicada e, sendo um livro pequeno, lê-se facilmente. Gostei.

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