domingo, 25 de setembro de 2011

[Autora do Mês] Entrevista a Andreia Ferreira

Como surgiu a escrita na tua vida?
A escrita surgiu muito cedo. Tinha cerca de 11 anos quando comecei a juntar as palavras para criar o que eu “chamava” de poemas. Escrevia histórias de uma página até que me aventurei num conto de 10.
Criei ao longo da minha adolescência dois cadernos de poesia.
Há dois anos atrás senti a necessidade de construir algo mais sólido e foi aí que surgiu o primeiro esboço do “Soberba Escuridão”.


O que é que te levou a escrever este livro?
De todas as criaturas sobrenaturais, não há nenhuma mais terrorífica do que o demónio. Eu queria escrever algo que eu própria sentisse prazer em ler, e consegui!
Ao princípio, só tinha o primeiro capítulo, mas depois deitava-me a pensar na história e tudo se desenvolveu. 

 
Quais foram as tuas referências e inspirações enquanto o escrevias?
Em primeiro lugar, os meus próprios medos, em segundo, a série “Sobrenatural” que me trouxe referências e vocabulário.
Claro que tudo que leio também serve de inspiração, por vezes até conversas paralelas em cafés e na rua servem de inspiração. Basta ter os ouvidos aguçados que pelo menos uma página é escrita por dia.

 
Foi difícil ser-se original no meio de todas as obras de fantasia que hoje em dia vemos nas livrarias?
Muito, onde parece que somos originais, vemos um filme ou um livro e já vemos lá a nossa ideia!
Aprendi no curso que hoje em dia a literatura muito dificilmente é original, devido aos anos que nos precedem. Logo, acredito que tem de haver uma evolução em relação a uma história com o mesmo tema anteriormente escrita.
Cada autor coloca o seu ponto de vista num enredo e só aí é que podemos encontrar a dita originalidade. Porque numa coisa estamos todos de acordo, somos todos diferentes.

 
Alguma vez tiveste medo que não funcionasse?
Ainda tenho. O ser humano vive sempre com medo de não ser aceite pelos demais. Quem disser que não escreve para um público, mente, porque aí guardava o que escreve num diário trancado em casa.
Se no início receava que ninguém gostasse da minha história, hoje receio não estar ao nível do que é esperado em relação ao desfecho das personagens. Hoje, elas não só minhas mas sim de todos que as conhecem, a responsabilidade é maior.

 
Qual é que achas que é o público-alvo do teu livro?
Interessante esta pergunta porque tenho vindo a surpreender-me. Sempre esperei que o alvo fosse unicamente ou exclusivamente o público jovem adulto. Contudo, tenho sido parabenizada por pessoas de todas as idades e dos dois sexos. É bom saber que agrado a “miúdos e graúdos”, todavia, não esqueço do essencial para sobreviver às críticas más: “Não se pode agradar a gregos e a troianos”.

 
Já li que podemos ficar à espera de outro livro deu. O que nos podes dizer sobre ele? É alguma continuação do “Soberba Escuridão”?
O que estou a trabalhar neste momento é, de fato, na continuação do “Soberba Escuridão”, mas penso, mais para a frente, dedicar-me a dois projetos inacabados, também com elevado teor fantástico.
Quanto ao seguimento do “Soberba Escuridão” posso dizer que tenho-me esforçado para lhe dar um ambiente mais dark a nível psicológico. 

 
Que importância atribuis à blogosfera literária?
Muita! Uma parte muito importante da minha vida está ligada à blogosfera.
Para quem não sabe, eu administro um blog literário: http://d311nh4.blogspot.com/, que não passa um dia sem que eu o visite.
Para além de estar sempre a par das novidades para poder atualizar o meu blog, também sigo outros e é neles que recolho as minhas referências para próximas leituras.

2 devaneios:

d311nh4 disse...

=) Obrigada*

Ana C. Nunes disse...

Uma entrevista interessante que toca alguns pontos novos (para mim) do primeiro livro da autora.
Fiquei ainda mais curiosa.

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