sábado, 4 de janeiro de 2014

A Biblioteca Perdida do Alquimista

Autor: Marcello Simoni
Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 368
Editor: Clube do Autor
ISBN: 9789897240898

Sinopse:
A Biblioteca Perdida do Alquimista é o segundo livro da trilogia medieval protagonizada pelo mercador Ignazio de Toledo.
Primavera de 1227. A rainha de Castela desaparece de forma misteriosa. Estranhos boatos correm pelo reino e alguns sugerem até uma intervenção do maligno. Ignazio de Toledo é convocado por Fernando III, o Santo, à sua corte e incumbe o mercador de relíquias de procurar a rainha, presumivelmente sequestrada pelo conde de Nigredo, um alquimista. Em Córdova, para onde foi convocado, Ignazio encontra um velho magister que lhe fala de um livro que todos procuram e que poderá fornecer-lhe indícios sobre o sucedido. Mas no dia seguinte o velho magister é encontrado morto, envenenado…
Os locais mais esotéricos num livro que resulta de uma rigorosa investigação histórica.


Opinião:
Tendo lido o primeiro livro desta trilogia, fiquei deveras curiosa por uma simples razão. Queria ver se o autor teria melhorado do primeiro livro para este. Embora o primeiro volume da saga fosse muito curioso, com várias informações que apontavam para uma pesquisa aprofundada, faltava-lhe uma história mais fluída e que ligasse o leitor às personagens. Com o objectivo de saber se o autor conseguira contornar tal problema, decidi ler este livro, descobrindo assim que houve uma grande melhoria da parte deste.

A rainha de Castela desaparece repentinamente, deixando todos aqueles que dela dependem preocupados com a sua segurança e sobrevivência. Fernando III, aconselhado por aqueles que se encontram em seu redor, chama à corte Ignazio de Toledo, um homem sábio e de confiança, tendo-lhe há vários anos sido oferecido um lugar no clero, algo que Ignazio havia recusado, pois queria liberdade e descobrir mais sobre o mundo. Algo que no clero nunca conseguiria ter. Mas Ignazio não está sozinho nesta nova aventura, com ele tem o seu filho Uberto e o seu grande amigo e preceptor do filho, Willalme.

Mas o que parecia uma busca já por si complicada, por estar incluída uma rainha, piora rapidamente quando se começam a descobrir revoltas e segredos dentro da corte. Tudo acabando por girar em redor Airagne. Uma palavra que acaba por revelar diversos significados, todos eles muito discordantes entre si. Significados considerados pagãos, significados que poderão colocar vidas em risco, havendo muitas mortes e envenenamentos curiosos.

Sim, este livro está muito melhor que o primeiro. Pelo menos eu senti-me mais ligada com as personagens neste livro, tendo mais curiosidade para saber o que se passava em toda a acção. Provavelmente tal pode estar relacionado com o facto de este livro falar mais dos sentimentos dos personagens, havendo inclusive uns quantos romances pelo meio. Gostei de ver desenvolvida a personagem de Uberto, descobrindo mais sobre este filho mistério de Ignazio. Também adorei os temas que o autor desenvolveu, nomeadamente a alquimia utilizada para a falsificação de moedas, os diversos venenos e ervas utilizadas para estes e o mais interessante, pelo menos para mim, os diversos cultos religiosos. Adorei este tema pois falou-nos de vários cultos, referindo, claro, a perseguição que estes sofriam da parte da igreja, essencialmente dos cristãos demasiado tradicionalistas e decididos a que apenas haja aquela religião.

A escrita do autor melhorou neste livro, não estando tão confusa e sendo mais fluída e simples de seguir. A história começa praticamente como se não conhecêssemos as personagens, o que permite a qualquer leitor ler este livro como se fosse apenas um volume individual, o que é uma grande mais valia.

Um livro muito melhor que o primeiro e que recomendo!

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