segunda-feira, 14 de abril de 2014

Segunda Campa à Esquerda

Autora: Darynda Jones
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 270
Editor: Círculo de Leitores
ISBN: 9789724248288

Sinopse:
Charley é acordada a meio da noite pela sua melhor amiga, Cookie, alertando-a que Mimi (amiga de Cookie) está desaparecida há cinco dias. Depois de uma breve investigação num café frequentado por ela, Charley encontra uma mensagem na casa de banho. Mimi tinha deixado uma pista: o nome de uma mulher.


Opinião:
Já tinha lido o primeiro livro desta saga e fiquei imensamente curiosa por saber mais sobre a relação entre Charley e Reyes. Adorei descobrir no final do livro anterior quem era Reyes e parte do porquê de este estar constantemente a perseguir Charley e a protegê-la, mesmo que isso implique matar (a sangue frio, é importante frisar) outras pessoas, mas queria saber mais.

A nova amiga de Charley, sua vizinha e secretária, tem um novo carro que comprara em segunda mão e oferece-lhe boleia, quando Charley necessita. Claro que com Charley no carro esta viagem não poderia ser apenas uma boleia, não é? E o que acaba por ser uma pequena viagem acaba por ser a descoberta de um espírito de alguém que nem tinha noção que estava morto no porta bagagens do carro. Um homem que quando compreende que está num carro com mais duas pessoas decide atacá-las. Mas quando Charley se prepara para contra-atacar o espírito desaparece do nada e no seu lugar encontramos Reyes. Chateatíssimo e sem paciência alguma para aturar as ironias de Charley.

É assim que a nossa detective tem, de um momento para o outro, um novo caso em mãos. Mas isso não é o que a preocupa mais. Afinal de contas, de cada vez que Reyes aparece, Charley nota que este está mais fraco, chegando inclusive a ver este a ser torturado. Uma tortura tal que se transmitia no seu espírito, o que aflige imenso Charley. Apesar disso Reyes proíbe-a de o procurar de qualquer forma. Avisa-a que isso ainda o colocará em maior perigo e que até agradece se o seu corpo morrer e ficar a viver apenas como um espírito. Mas Charley é uma cabeça dura e não está habituada a acatar ordens, o que leva a que esta faça de tudo para encontrar Reyes. Como se a procura pelo seu salvador e pelo assassino do espírito do porta bagagens não chegasse, ainda a ameaçam de morte inúmeras vezes...

Eu já tinha referido na crítica ao livro anterior que este livro me faz lembrar as aventuras de Mercy, uma saga publicada pela Saída de Emergência. Esta é uma heroína irónica que faz tudo, sem pensar duas vezes, pelo bem daqueles que ama. É uma pessoa que embora não pareça ter muitos amigos tem um magnetismo tal que acaba por prender as pessoas e fazê-las adorá-la do fundo do coração. A sua relação com Reyes acaba por ser um pouco desenvolvida neste livro, mas apenas a questão sentimental, que demonstra o quanto Charley quer estar com Reyes e como o quer conhecer ainda mais.

A relação continuidade da história/novo caso é sempre uma boa técnica, pois enquanto a história continua lentamente, deixando-nos curiosidade para saber mais desenvolvimentos que apenas serão revelados nos próximos livros, temos sempre um novo caso de homicídios, o que tornam o livro emocionante. A velocidade alucinante a que acontece toda a acção prende o leitor do inicio ao fim e tal como já referi, a personagem irónica de Charley torna tudo muito melhor.

Um bom livro e uma saga a acompanhar.

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