Autor: Hank Green
ISBN: 9789898917454
Edição ou reimpressão: 10-2018
Editor: TopSeller
Páginas: 320
Sinopse:
Um misterioso robot aparece em Nova Iorque...
... e em São Paulo...
... e em Buenos Aires...
O que se está a passar?
São 3 horas da manhã e April May tropeça numa escultura GIGANTE; uma espécie de robot com três metros de altura e aspeto de samurai. Perante a descoberta, April faz a primeira coisa de que se lembra: filma a bizarra estátua. O vídeo é publicado no YouTube e, da noite para o dia, April torna-se famosa por ter sido a primeira no mundo a registar a existência da estátua — aquela que viria a ser parte de um conjunto de mais de 60, espalhadas por várias cidades do mundo. Pouco habituada ao estrelato e às consequências da fama viral, April torna-se internacionalmente famosa e fica associada aos robots.
Um movimento emergente desperta. As pessoas querem saber: O que são estes robots e porque existem? Quem os terá criado? E mais importante ainda: serão perigosos? April começa a sua investigação e, reunindo um grupo improvável de pessoas, tenta perceber a origem destes robots e o seu sentido neste mundo. Hank Green explora de modo magistral a forma como lidamos com o medo e o desconhecido, e como as redes sociais transformaram aquilo que entendemos por fama.
No seu fantástico romance de estreia, Hank Green revela-nos a história de uma jovem que se torna acidentalmente famosa — para logo se encontrar no epicentro de um mistério muito maior do que poderia imaginar.
Opinião:
Este livro veio direitinho da editora, saia diretamente em Portugal no lançamento mundial e lá fora havia um grande reboliço pela saída deste livro de um novo autor que por muitos já era conhecido no seu canal de youtube, Hank Green, irmão do escritor (com canal também no youtube) John Green. John Green é um autor muito falado em Portugal e muito adorado. Eu admito que há livros dele que gosto e outros que não acho tanta graça, sendo sempre uma leitura com um ritmo rápido, personagens novas e irónicas por norma com algum problema. E o engraçado é que apesar de a linha da história ser diferente, o humor corrosivo que eu atribuo a John Green também está presente na escrita do irmão, o autor deste título.
April é uma rapariga de 23 anos como qualquer outra. Acabada de terminar o curso, procura emprego e mora com a namorada - apesar de ela não gostar de falar muito de tal como uma "relação", pois a realidade é que odeia relações, aliás moram na mesma casa mas têm quartos separados. Num dia como qualquer outro aparece em Nova Iorque um boneco enorme que parece vir do ar. Em conjunto com o seu amigo Andy, decidem fazer um vídeo com a estátua, e sendo April bonita, bem falante e mais "desenvergonhada" do que Andy, em câmara, esta acaba por ser a estrela do filme, fingido estar a entrevistar "Carl", o nome que ela dera à estátua.
Mas este Carl não apareceu apenas em Nova Iorque, apareceu em imensos países, estando mais de 50 estátuas do Carl espalhadas por todo o mundo!! É assim que a vida de April, que deu ao mundo o primeiro vídeo com uma das estátuas, dá uma reviravolta de 180 graus!
Este é sem dúvida um livro que de uma forma irónica, divertida e muito estranha, dá a conhecer o outro lado da fama. April era uma pessoa como qualquer outra, mas a partir do momento que sentiu a fama, viu o dinheiro que ganhava com ela, e como as pessoas a tratavam agora que era praticamente um ídolo, começou a distanciar-se de todos aqueles que a conheciam e gostavam dela. Apenas para ser mais conhecida, para alimentar os fãs e o próprio ego. Como ela diz no livro:
"Eu estava, profunda e sinceramente, apaixonada pela atenção que as pessoas me prestavam"
E esta é sem dúvida uma frase que transmite a personalidade de April (uma personalidade que tenho que dizer ser muito bem caracterizada, pois tanto tinha qualidades como defeitos) durante grande parte do livro, tendo mudado de maneira de ser e escondido factos da sua vida (como o ser bissexual), apenas para agradar ao "seu público", deixando tudo o resto para segunda e terceira prioridade, tendo-se "perdido" na fama e utilizando-se a si mesma como "algo" e não "alguém".
Este livro deixou-me profundamente dividida... se por um lado adorei todas as lições retiradas da leitura, sendo um livro não com uma, mas várias lições de moral muito presentes e reais, por outro lado achei-o estranho, um estranho que me complicou a leitura. É um livro com um tom muito peculiar e o próprio humor do autor tem grande parte dessa peculiaridade e transparece muito na escrita, o que por um lado é bom, mas que não é o meu tipo de humor peculiar, o que me dificultou a leitura.
Um livro interessante com várias lições de moral, mas cujo humor/história peculiar me dificultou um pouco a narrativa.
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