segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

És o Meu Destino

Autora: Lesley Pearse
ISBN: 9789892328782
Edição ou reimpressão: 11-2014
Editor: Edições Asa
Páginas: 544

Sinopse:
1938. A Nova Zelândia é um país belo e tranquilo. Um paraíso de onde Mariette, filha de Belle e de Étienne, só pensa em fugir. Cansada da tacanhez da pequena cidade onde vive, ela está disposta a embarcar para a Europa mesmo sabendo que essa viagem poderá ser-lhe fatal. O mundo prepara-se para a guerra, mas, para a irreverente Mariette, ficar é uma alternativa bem pior.
Chegada a Londres, a jovem depressa se deixa encantar pelas suas tentações e esquece o breve vislumbre que teve do amor. Londres é tudo aquilo com que sempre sonhou. Mas a noite do seu vigésimo-primeiro aniversário vai mudar tudo. Os violentos bombardeamentos nazis transformam a cidade mais vibrante da Europa num pesadelo de terror, devastação e morte. Pela primeira vez, ela sente o peso esmagador da solidão. É dos escombros da guerra, porém, que emergirá uma nova Mariette. A adolescente egoísta dá lugar a uma mulher forte, madura e abnegada que está disposta a tudo - até a morrer - para ajudar os mais desprotegidos. E é no seu momento mais vulnerável que o amor lhe bate à porta. Um amor tão inquieto e desesperado quanto o mundo que a rodeia.


Opinião:
Este livro já foi terminado no mês passado, mas no meio de tanta mudança na minha vida pessoal a escrita da opinião foi ficando para trás. No entanto, como estamos a 31 de dezembro, tinha como objetivo não deixar esta opinião arrastar para o novo ano, especialmente quando gostei tanto deste livro. Um livro que para mim foi o segundo melhor da trilogia, podendo ser lido quase que de forma individual, pois a personagem principal é Mariette e não Belle, a sua mãe e personagem principal dos primeiros dois livros da trilogia.

Mariette pode adorar a família... mas cada vez gosta menos de morar na Nova Zelândia. Uma terra que para Mariette, desejosa por novas aventuras, é demasiado calma, pacífica e com poucas oportunidades. Depois de ter vivido a sua única aventura na sua terra, Mariette começa a sentir o veneno das más línguas sob si e a sua família e estes para a protegerem acabam por a enviar para outro país, outra cidade, Londres, onde pode encontrar novos desafios, num lugar onde ninguém a conhece e onde pode descobrir mais sobre si mesma.

Mas se os pais de Mariette acharam que estavam a fazer o melhor para a sua filha, acabaram por a levar para terrenos complicados e perigosos, com a chegada de uma nova e violenta Guerra Mundial, onde Mariette se vê encurralada e obrigada a crescer e a deixar de ser infantil e mimada. Apesar de se ter em elevada estima, Mariette é uma pessoa desenrascada, inteligente e resistente e acaba por conseguir dar a volta por cima num mundo que está a ficar em ruínas e por onde a guerra só deixa miséria e tristeza. Apesar disso acaba por descobrir que não é apenas a sua bela imagem que interessa e acaba por transmitir isso a todos em seu redor, que a vêm como alguém independente e em quem podem confiar e acreditar.

Foi um livro que adorei! Mariette acaba por ter o fogo da mãe e a inteligência do pai. É uma pessoa desenrascada, algo que percebemos desde o início do livro, mas acha-se superior a muitos pois sabe ser inteligente e bonita e isso é algo que nos apercebemos de imediato. Ao longo do livro vemos como esta personagem cresce, como se torna mais consciente do seu redor, deixando de ser tão focada em si mesma. Torna-se mais humilde e forte, tendo sido uma personagem que gostei imenso de acompanhar.

De toda a trilogia este livro foi para mim o segundo melhor, muito perto do primeiro melhor (o primeiro volume da trilogia). Gostei muito de Mariette e de acompanhar o seu crescimento. Gostei de a comparar aos pais e ver como a autora conseguiu incorporar um pouco de ambos em Mariette. Fiquei triste por certas mortes de personagens que me eram queridas e de que gostava muito, mas compreendi o que a autora queria fazer ao ter decidido tomar esse rumo.

Uma trilogia excelente, em que apenas retirava a primeira metade do segundo livro, mas que de resto recomendo sem restrições. Mas também... o que poderíamos esperar desta autora? Nunca desilude!

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