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segunda-feira, 16 de março de 2015

Quatro

Autora: Veronica Roth
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 208
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04725-0

Sinopse:
Dois anos antes de Beatrice Prior ter feito a sua escolha, o filho de 16 anos do líder dos Abnegados fez o mesmo. A transferência de Tobias para os Intrépidos é a última oportunidade para um recomeço. Na nova fação não será conhecido pelo nome que os pais lhe deram, pois não permitirá que o medo o reduza a uma criatura indefesa.
Agora conhecido como "Quatro", Tobias depressa descobre que os Intrépidos foram a opção certa. No entanto, a Iniciação é apenas o começo, pois Quatro terá de conquistar o seu lugar na hierarquia da nova fação. As suas decisões afetarão futuros Iniciados, além de deixarem a descoberto segredos que poderão ameaçar o seu próprio futuro - e o futuro de todo o sistema de fações.
Dois anos depois, Quatro quer intervir, mas hesita no caminho a seguir. A primeira pessoa a saltar para a rede pode mudar tudo. Com ela, a solução para mudar o mundo pode tornar-se mais clara. Com ela, ser simplesmente Tobias volta a ser uma possibilidade.
Para os fãs da saga Divergente, pela autora bestseller do New York Times Veronica Roth, surgeQuatro, um volume complementar que inclui quatro novas histórias anteriores à narrativa principal e três cenas exclusivas de Divergente - todas contadas do ponto de vista de Tobias Eaton.


Opinião:
Todos conhecem a trilogia Divergente. Uma trilogia de sucesso, numa altura em que as distopias se tornaram moda, que chegou ao grande ecrã e cujo próximo filme estreia em Portugal esta quinta. E que melhor forma para comemorar do que conhecendo melhor a personagem de Quatro? Alguém que conhecemos pelos olhos de Tris ao longo de toda a narrativa, mas desta vez conhecemos Quatro pelos seus próprios olhos.

Tobias pertencia aos Abnegados. Vivendo sozinho com o pai desde que a mãe supostamente falecera, é filho de alguém muitíssimo conhecido entre todas as fações, não fosse filho de um líder, o líder dos Abnegados. Mas o pai de Tobias não é o anjo que todos acreditam ser. Maltrata o filho, bate-lhe, castiga-o por motivos que não cabem na cabeça de ninguém e Tobias apenas vê uma solução para fugir dessa vida infernal... Escolher uma nova fação!!

E que melhor fação para começar uma nova vida mas do que nos Intrépidos? A fação dos sem medo, daqueles que têm constantemente adrenalina no sangue e que vivem para a aventura. Os seguranças das fações de quem todos têm medo e respeitam. Nesta nova fação Tobias descobre o que é ter amigos, ter companhia, ter quem se preocupa com ele e preocupar-se com alguém.

Tobias acaba por se tornar o melhor dos melhores. O melhor no teste do medo, sendo a única pessoa desde sempre que apenas tem quatro medos e o melhor nos testes físicos, ultrapassando aqueles que tinham nascido intrépidos e vivido toda a sua vida no perigo. Tobias acaba por se tornar Quatro, um intrépido diferente de todos os outros e com muitos mais segredos do que toda a fação junta.

Admito que gostei mais deste livro do que julgava. Quatro é uma personagem que sempre se mostrara forte, determinada e muito fria, apesar de demonstrar sentimentos por Tris e por outros dos Intrépidos mais novos e da sua geração. Neste livro conhecemos o seu lado mais humano, a sua difícil vida e como tivera que lutar imenso para superar todos os seus medos, incutidos pelo seu próprio sangue. Quatro acaba por ser alguém com quem sentimos imediata empatia, adoração e amizade. Compreendemos os seus medos, receios e lutas interiores, acabando por ser uma personagem extremamente humana e que prende o leitor do início ao fim.

Um livro que permite recordar o ambiente vivido durante a saga Divergente e que irá fazer as delícias de todos os fãs!

sábado, 5 de abril de 2014

Convergente

Autora: Veronica Roth
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 416
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04383-2

Sinopse:
A sociedade de fações em que Tris Prior acreditava está destruída - dilacerada por atos de violência e lutas de poder, e marcada para sempre pela perda e pela traição. Assim, quando lhe é oferecida a oportunidade de explorar o mundo para além dos limites que conhece, Tris aceita o desafio. Talvez ela e Tobias possam encontrar, do outro lado da barreira, uma vida mais simples, livre de mentiras complicadas, lealdades confusas e memórias dolorosas.
Mas a nova realidade de Tris é ainda mais assustadora do que a que deixou para trás. As descobertas recentes revelam-se vazias de sentido, e a angústia que geram altera as vontades daqueles que mais ama.
Uma vez mais, Tris tem de lutar para compreender as complexidades da natureza humana ao mesmo tempo que enfrenta escolhas impossíveis de coragem, lealdade, sacrifício e amor.
Alternando as perspetivas de Tris e Quatro, Convergente, encerra de forma poderosa a série que cativou milhões de leitores em todo o mundo, revelando por fim os segredos do universo Divergente.


Opinião:
Comecei a ler esta saga mal ela saiu no mercado português e visto eu ser uma grande fã de distopias não preciso de dizer o quando gostei desta. Adorei as diversas facções, as suas apresentações, os seus acreditares e escolhas. Adorei a personagem de Tris, alguém forte e determinado que faz as suas próprias escolhas e que lida com as consequências. Já em Quatro via uma pessoa forte, determinada e que embora tenha os seus próprias receios e passado, tenta fazer o máximo para se provar a si mesmo e a todos o quão determinado é.

No livro anterior ficámos perante uma sociedade perdida. Uma sociedade cheia de divergência onde há pessoas que querem continuar com o esquema das fações e outras querem ser livres. Há imensas frentes de guerra e inúmeros grupos que se erguem das sombras para lutar contra aquilo que consideram errado. Pessoas que querem ser livres... outras que querem manter-se na sua vida sossegada. Morte, dor e medo começam a ser as palavras de ordem e é aí que um grupo de supostos divergentes e outras pessoas com talentos especiais, se juntam e saem para o exterior, tal como o vídeo que criara esta grande divisão dizia que se devia fazer. Mas o que encontram fora das muralhas é tudo menos o que esperavam. Pessoas diferentes e ao mesmo tempo muito parecidas... Um local que parece estar em paz mas que se acaba por descobrir ser ainda mais disfuncional do que a Chicago onde Tris, Quatro e os amigos moravam.

É nesse lugar que as grande dúvidas assombram Tris e os seus companheiros. Lutando contra um mal que neles eles compreendem bem o que é, vão-se tornar pessoas diferentes, que nunca estão em acordo e que lutam uns contra os outros em vez de lutarem uns com os outros.

Não sei bem o que achar deste livro... Achei-o tão, mas tão diferente dos livros anteriores. Aliás, para mim este livro já não pertencia ao género literário de distópia mas sim de ficção científica. É verdade que a autora fez o seu melhor para não deixar pontas soltas, mas da minha parte estas pontas irão permanecer. Para quem não sabe a minha área de estudo é ciências e neste livro há com cada barbaridade científica que fiquei um pouco tristonha, mas se fixar uma mentalidade de aceitação total pelas justificações da autora, posso afirmar que esta tentou, e bem, pôr os pontos em todos os i's existentes na saga.

Como disse é um livro muito diferente dos outros dois, não só no seguimento que a própria narrativa segue, mas também nas personagens. Quatro neste livro acabou por me desiludir. Eu gostava dele por ser uma personagem forte, determinada e que embora tivesse os seus próprios medos, fazia o seu melhor para que estes não lhe comandassem a vida. Mas neste livro ele deixa-se absorver por estes medos, tudo devido a uma grande revelação devido à sua divergência. Uma revelação que o altera totalmente e o leva a tomar decisões de que se acaba por arrepender fortemente.

Tris não muda muito do livro anterior para este, mas de alguma forma neste livro acaba por me irritar fortemente em diversas partes, pois embora a verdade seja que ela tem razão sobre o que diz, ela di-lo de uma forma que pode ser considerada convencida e pelo menos a mim isso acabou por me irritar um pouco. Mas os pequenos momentos de sinceridade da personagem acabam por recompensar de alguma forma esta irritação que fui desenvolvendo por ela ao longo da narrativa.

O final? Sinceramente não adorei, mas até gostei. Foi um final agridoce e que foi preciso coragem da parte da autora para o escrever, mas foi o melhor final possível que esta poderia ter dado à saga. O final mais realista e talvez por isso o que os fãs menos esperavam. Li imensas críticas a este livro antes de lhe pegar e há opiniões muitíssimo dispersas em relação ao final. Eu da minha parte gostei e achei que foi a melhor forma de salvar "o mundo" e todos aqueles que nele habitavam, com o menos número possível de mortes. Não foi um final cor-de-rosa, longe disso, foi um final realista e de que os fãs tinham esperança que não acontecesse. 

O grande ponto fraco foi sem dúvida a transformação de uma distópia para uma tentativa de ficção científica onde existiam erros demasiado flagrantes. Mas se me abstrair disso foi um bom final, sem pontas soltas e com algumas das personagens que aprendemos a adorar ao longo da saga. Uma saga que gostei imenso e que embora ache este livro muito mais fraco que os dois primeiros, é uma saga que vale a pena adquirir e ler, tirando cada um as suas próprias conclusões sobre este final controverso.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Insurgente

Autora: Veronica Roth
Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 376
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04382-5

Sinopse:
A tua escolha pode transformar-te - ou destruir-te. Mas qualquer escolha implica consequências, e à medida que as várias fações começam a insurgir-se, Tris Prior precisa de continuar a lutar pelos que ama - e por ela própria.
O dia da iniciação de Tris devia ter sido marcado pela celebração com a fação escolhida. No entanto, o dia termina da pior forma possível. À medida que o conflito entre as diferentes fações e as ideologias de cada uma se agita, a guerra parece ser inevitável. Escolher é cada vez mais incontornável... e fatal.
Transformada pelas próprias decisões mas ainda assombrada pela dor e pela culpa, Tris terá de aceitar em pleno o seu estatuto de Divergente, mesmo que não compreenda completamente o que poderá vir a perder.
A muito esperada continuação da saga Divergente volta a impressionar os fãs, com um enredo pleno de reviravoltas, romance e desilusões amorosas, e uma maravilhosa reflexão sobre a natureza humana.


Opinião:
As distópias estão cada vez mais na moda. Uma moda que eu adoro e que tenho andado a acompanhar lentamente. Muitas delas estão prestes a ser adaptadas ao cinema devido a sucessos como por exemplo os Jogos da Fome, um dos primeiros livros do género que li e que quero continuar a ler...

No último livro vimos a comunidade dos Abnegados a ser totalmente destruída. A comunidade a que Tris pertencia anteriormente e onde cresceu até decidir por uma súbita mudança pelos Intrépidos. Uma destruição que parecia inicialmente sem sentido e inútil. Uma destruição que acaba por esconder uma verdadeira revolução que poderá mudar muita gente e criar uma guerra ainda maior.

Após a destruição dos Abnegados as diversas facções começam a ficar muito confusas e preocupadas com os seus futuros. Dessa forma diversas delas acabam por se aliar de forma a conseguirem descobrir o que se passa e para se protegerem. Mas acabamos por descobrir que o objectivo de quem comandou o ataque não foi simplesmente destruir as facções. O grande objectivo era descobrir um segredo que os Abnegados tinham em seu poder, para além de descobrir quantos Divergentes existiam e quem eram eles.

Os divergentes são como que uma facção à parte. Alguém que tem características de mais do que uma facção, mas que acabam por suprimir algumas dessas características para escolherem onde querem pertencer. Pode-se dizer que estes são possuidores de vontade própria, livre arbítrio, algo que é muito desenvolvido neste livro em especial.

Eu adoro esta saga desde o primeiro livro. Esta é uma saga que acaba por trazer uma mensagem sublimar, uma mensagem sobre a liberdade de expressão. É esta mensagem que acaba por guiar Tris durante todo este processo e aventura. Uma mensagem que torna Quatro naquilo que ele é.

Devo dizer que gostei de ver as alterações que ocorreram nas personagens durante este livro. Tris, se por um lado continua a ter um forte espírito de liderança, acaba por tomar muitas decisões que não são propriamente conscientes, dando pouco valor à sua própria vida e tendo por vezes uma atitude de quem está como que deprimido. Mas também toma muitas opiniões que são muito pensadas anteriormente, o grande problema é o facto de que como as pessoas acabam por se recordar da Tris deprimida, acabam por dar pouco valor à sua opinião em momentos chave. Temos uma heroína assim que sofre, que luta e que sabe o que quer e quem quer proteger, correndo sérios riscos no decorrer da acção.

Neste livro temos também um aprofundamento da infância de Quatro, ficando a saber mais sobre o pai deste e a relação horrível que tinham, além de vermos aprofundada também a relação deste com a mãe. Algo que acaba por ser muito importante na história e nas alianças forjadas.

Uma saga que quero continuar a ler, pois sem dúvida alguma que haverão novos e fantásticos desenvolvimentos.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Divergente

Autora: Veronica Roth
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 352
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04381-8

Sinopse:
Na Chicago distópica de Beatrice Prior, a sociedade está dividida em cinco fações, cada uma delas destinada a cultivar uma virtude específica: Cândidos (a sinceridade), Abnegados (o altruísmo), Intrépidos (a coragem), Cordiais (a amizade) e Eruditos (a inteligência). Numa cerimónia anual, todos os jovens de 16 anos devem decidir a fação a que irão pertencer para o resto das suas vidas. Para Beatrice, a escolha é entre ficar com a sua família... e ser quem realmente é. A sua decisão irá surpreender todos, inclusive a própria jovem.
Durante o competitivo processo de iniciação que se segue, Beatrice decide mudar o nome para Tris e procura descobrir quem são os seus verdadeiros amigos, ao mesmo tempo que se enamora por um rapaz misterioso, que umas vezes a fascina e outras a enfurece. No entanto, Tris também tem um segredo, que nunca contou a ninguém porque poderia colocar a sua vida em perigo. Quando descobre um conflito que ameaça devastar a aparentemente perfeita sociedade em que vive, percebe que o seu segredo pode ser a chave para salvar aqueles que ama... ou acabar por destruí-la.


Opinião:
Beatrice é um abnegado, pelo menos a sua família é-o. Um abnegado é uma pessoa extremamente altruísta, uma daquelas pessoas que quando vamos no autocarro nos oferecem o seu lugar, uma pessoa que desculpa todos e nunca pensa que a culpa de algo estar mal é de outro. Estes são uma das facções por que está dividida a Chicago distópica, uma terra futurista e diferente de tudo o que conhecemos. Uma das facções mais pequenas, que está constantemente a perder "seguidores" ao longo do tempo. Mas não são só os abnegados que existem neste mundo. Também temos os cândidos, os intrépidos, os cordiais e por fim os eruditos.

A verdade é que Beatrice nunca se sentiu uma verdadeira abnegado. Se por um lado vê o seu irmão a sorrir às pessoas ao dar-lhes o seu lugar, feliz pela sua acção, Beatrice fá-lo porque é o que é esperado dela e mesmo assim por vezes é preciso um pouco de persuasão por parte do irmão. Acha idiota as vestimentas que têm que usar, que é suposta não os "mostrarem", não os fazer parecer belos pois isso não é um sentimento altruísta. Não podem olhar-se em espelhos, pois tal é demasiado convencido para a sua facção. É então que chega o dia em que poderá mudar tudo isso, o dia em que faz 16 anos, um dia em que poderá escolher a facção onde estará o resto da sua vida. Se por um lado Beatrice não quer desapontar a família, por outro sabe que nunca será totalmente feliz se tiver que viver praticamente escondida e atrás da doutrina demasiado altruísta dos abnegados. É então que na hora H faz uma escolha... e muda de facção. Esta mudança afecta toda a comunidade, pois quem muda de facção é praticamente renegado pelos pais, sendo a sua existência praticamente apagada da vida destes.

Ao mudar de facção Beatrice escolhe os Intrépidos, mesmo sem saber se tal era a decisão correcta. A verdade é que nos seus testes anteriores, houvera um problema e não fora possível calcular qual das facções pertencia, algo que não é suposto acontecer. Dizem que ela é divergente, embora nunca deva revelar a ninguém tal coisa. Mas afinal... o que é ser divergente? É algum problema da pessoa? Alguma deficiência que não deve contar a ninguém? É com todas estas perguntas que Beatrice escolhe seguir o seu coração e não a sua cabeça, acabando por escolher os corajosos e acabando por demonstrar que também é uma corajosa. É também aí que conhece um rapaz que lhe dá a volta à cabeça, um dos "populares" daquela facção, por ser considerado dos mais corajosos da facção.

É um livro que muitos comparam com os Jogos da Fome, trilogia que adorei. Sim, tem facções... mas de resto é totalmente diferente! Entras na facção por escolha própria. Não és obrigado a matar outros. É simplesmente um livro diferente, embora por vezes se possa sentir o mesmo tipo de ambiente no ar. Adorei descobrir o que era ser divergente, adorei a maneira de ser e viver de Beatrice. Adorei a escrita fluída e pratica da autora, que nos agarra e não no deixa largar o livro até às últimas páginas! Os cenários descritos são absolutamente fantásticos e as personagens prendem-nos e dei por mim a imaginar levar as mãos ao pescoço de umas quantas personagens odiosas! Uma trilogia que não me deixou indiferente, então com aquele final nem se fala. A autora conseguiu criar um final que nos deixa a sufocar por mais e mais!

Recomendado a todos os adoradores de fantasia e aventura com uma pitada de romance!