Rostos na Multidão é uma narrativa com várias camadas, contada por dois narradores. Um deles é uma jovem editora, que se relaciona com o mundo através de escudos: os filhos, o marido, um passado ao mesmo tempo esmagador e libertador e uma casa que não consegue abandonar nem ocupar totalmente. À medida que conta o seu passado como editora em Nova Iorque, desesperadamente a tentar convencer o seu diretor a publicar a obra de Gilberto Owen — um obscuro poeta mexicano dos anos 20 que continua a assombrá-la no metro — vai deixando transparecer a lenta mas inevitável desintegração da sua família no presente. Até que a sua história se desdobra na do prórpio Owen, o poeta em tempos amigo de García Lorca e que termina os seus dias febrilmente num apartamento em Filadélfia.
Um romance intimista, onde as duas histórias são como imagens distorcidas uma da outra e, à medida que nos aproximamos do fim, as vozes de ambos os narradores começam a sobrepor-se até se tornarem uma apenas, numa evocação elegíaca do amor e do vazio.
Um romance intimista, onde as duas histórias são como imagens distorcidas uma da outra e, à medida que nos aproximamos do fim, as vozes de ambos os narradores começam a sobrepor-se até se tornarem uma apenas, numa evocação elegíaca do amor e do vazio.
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