terça-feira, 20 de agosto de 2013

Entrevista a Joanne Harris


Pode falar um pouco sobre si?
Nasci em Yorkshire, em Inglaterra, de um pai inglês e uma mãe francesa. Fui professora durante 15 anos e já tinha publicado três livros (incluído Chocolate) antes de deixar esse emprego para escrever a tempo inteiro. Desde essas altura já escrevi muitos mais livros que já foram publicados em mais de 50 países. Ainda vivo em Yorkshire com o meu marido e a minha filha de 20 anos.

De todos os seus livros, tem alguma personagem que de alguma forma seja a sua favorita? Se pudesse quereria conhecer essa personagem?
Já conheci todas as personagens enquanto as escrevia. Há algumas que eu gosto mais que outras, mas para se criar uma personagem e fazê-la o mais real e humana quanto possível, temos que encontrar uma forma de as compreender. Uma das minhas personagens favoritas é o Mr. Straitley de "Xeque ao Rei". Ele é difícil de tantas formas mas eu gosto da sua honestidade e do seu humor.

Admito que isto é uma questão com ratoeira, mas que acha das capas portuguesas dos seus livros?
Eles são sempre muito atractivas, mas por vezes conseguem ser um demasiado doces e femininas para o meu gosto.

Desde que se tornou uma autora publicada, qual a coisa mais fantástica e ao mesmo tempo estranha que lhe aconteceu?
Eu recebo imensas coisas estranhas e fantásticas. Propostas de casamentos, perseguidores, pessoas a abrir lojas de chocolate em meu nome, correio bizarro de ódio, cartas de fãs que são bispos e padres, pessoas que tatuaram citações dos meus livros e que querem que lhes assine o corpo, cartas tocantes de toda a parte do mundo de pessoas que apenas querem fazer uma ligação, reuniões com estrelas de cinema, realeza, políticos, receber uma distinção da rainha, viajar a sítios fantásticos que eu nunca teria oportunidade de conhecer de outra forma.
Ponto alto: descer o Congo durante um mês numa canoa para escrever uma peça sobre os Médicos sem Fronteiras. Foi estranho, muitas vezes desconfortável e por vezes perigoso - but incrivelmente recompensador.

Que pensa da comunidade bloguer? Acha que de alguma forma ela ajuda no aumento de popularidade dos seus livros?
Os bloguers têm-se tornado cada vez mais importantes na revisão e divulgação dos livros. Há imensos bloguers, alguns melhores que outros, mas os melhores de todos são cheios de ideias, entusiastas, muito bem informados e diligentes, ajudando imenso os leitores, escritores e editoras em todo o mundo.

Finalmente, tem alguma mensagem para os seus leitores portugueses?
Portugal foi um dos primeiros países no mundo a publicar os meus livro. Sempre me senti muito bem vinda aí, e quando estou de visita sinto-me sempre muito impressionada pela boas vidas calorosas e entusiastas das pessoas. Muito obrigada pelo vosso apoio e apreciação -  e por favor convidem-me de novo brevemente!
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Entrevista em Inglês

Could you talk a little bit about yourself?
I was born in Yorkshire, in England, of an English father and a French mother. I was a teacher for 15 years and had already published three books (including CHOCOLAT) before leaving to write full-time. Since then I have written a dozen more books and have been published in over 50 countries. I still live in Yorkshire with my husband and 20-year-old daughter.

Of all of your books, do you have any character that in some way is your favorite? If you could, would you meet that character?
I've already met all my characters as I wrote them. There are some that I like better than others, but to create a character and to make them as real and as human as possible, you have to find a way of understanding them. One of my favourites is Mr Straitley from GENTLEMEN AND PLAYERS. He's difficult in so many ways, but I like his honesty and his humour.

I admit this is a trick question, but what do you think about the portuguese covers of your books?
They're always very attractive, but can sometimes be a little too sweet and feminine for my taste.

Since you became an a published author, what were the most amazing and at the same time weird thing that has hapenned to you?
I get lots of weird and amazing things. Proposals of marriage; stalkers; people opening chocolate shops in my name; bizarre hate mail; fan letters from bishops and priests; people with tattooed quotes from my books, wanting me to sign their bodies; touching letters from all over the world from people who just want to make a connection; meetings with movie stars, royalty, politicians; receiving an honour from the Queen; travelling to the kind of amazing places I would never have had the chance to visit otherwise.
High point: going down the Congo for a month in a hollow canoe to write a piece about Medecins Sans Frontieres. It was strange, often uncomfortable, sometimes very dangerous - but incredibly rewarding.

What to you think about the bloguers community? Do you think they gave any help for the achievement of the popularity of your books?
Bloggers have become increasingly important in the reviewing and publicizing of books .There are a lot of bloggers, some better than others, but the best of them are thoughtful, enthusiastic, well-informed and diligent, and do a huge amount of good for readers, writers and publishers wordwide. 

And finally, do you have any message for your portuguese readers?
Portugal was one of the first countries in the world to publish my books. I've always felt very welcome here, and when I visit I'm always impressed by the warmth and enthusiasm of its people. Thank you for your support and appreciation - and please invite me back soon!

3 devaneios:

Unknown disse...

Sim, convidem esta escritora fabulosa brevemente!
Uma entrevista muito interessante ;)

Anónimo disse...

Mesmo!! Vou enviar a entrevista para a ASA assim como quem não quer a coisa, visto ser a editora cá em Portugal da autora :P

Unknown disse...

Sim, sim, faz isso!! Pode ser que lhes dês ideias ^^

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