quarta-feira, 10 de agosto de 2016

As Raparigas Esquecidas

Autora: Sarah Blaedel
ISBN: 9789898843074
Edição ou reimpressão: 2016
Editor: TopSeller
Páginas: 304

Sinopse:
Numa floresta da Dinamarca, um guarda-florestal encontra o corpo de uma mulher. Marcada por uma cicatriz no rosto, a sua identificação deveria ser fácil, mas ninguém comunicou o seu desaparecimento e não existem registos acerca desta mulher.
Passam-se quatro dias e a agente da polícia Louise Rick, chefe do Departamento de Pessoas Desaparecidas, continua sem qualquer pista. É então que decide publicar uma fotografia da misteriosa mulher. Os resultados não tardam. Agnete Eskildsen telefona para Louise afirmando reconhecer a mulher da fotografia, identificando-a como sendo Lisemette, uma das «raparigas esquecidas» de Eliselund, antiga instituição estatal para doentes mentais onde trabalhara anos antes.
Mas, quando Louise consulta os arquivos de Eliselund, descobre segredos terríveis, e a investigação ganha contornos perturbadores à medida que novos crimes são cometidos na mesma floresta.
Através de uma narrativa envolvente, vertiginosa e de forte impacto emocional, Sara Blædel não deixa o leitor descansar enquanto não chegar ao fim do livro.


Opinião:
Este foi um livrinho que me apareceu como prenda da editora como um versão de leitura avançada para bloguers, tanto que a minha versão não tem a capa fantástica do livro original. Porquê fantástica? Porque adorei a sensação de "filme" que a capa dá. Com as letras inclinadas e a mudança de cor ao longo da capa, lembrei-me logo da abertura de algumas séries que vejo e gostei desse efeito.

Louise Rick é chefe do departamento de Pessoas Desaparecidas. Um departamento recentemente criado que tem como objetivo, tal como o nome indica, encontrar pessoas desaparecidas. Para Louise encontrar pessoas que possam ter desaparecido ontem ou há mais de vinte anos, mas algo que para o seu chefe parece não ser tão linear. Quando regressa ao trabalho Louise tem a notícia que vai começar a ter um novo companheiro, algo que esta não queria de forma alguma... Um sentimento que se aprofunda quando vai buscar o seu parceira nada mais nada menos do que a um bar, totalmente bêbado e nada feliz por se intrometerem.

A recém formada dupla aparece assim para o mais recente crime comunicado. Uma jovem sem identificação alguma e com uma feia cicatriz na cara bonita. Uma jovem que ninguém parece reconhecer. E uma jovem que acaba por levar os detetives diretamente a instituições que ao longo do anos ficavam esquecidas e que o governo preferia fingir que nunca tinham existido.

Este foi um livro que me despertou imensa curiosidade assim que lhe peguei. A TopSeller surpreendeu bem quando fez a primeira versão de leitura avançada para os bloguers com o livro A Rapariga do Comboio e como tal todos nós ficamos em pulgas quando nos enviam um novo thriller/policial pelo mesmo método. Este é um livro que fica atrás do A Rapariga do Comboio, mas que mesmo assim prende o leitor ao longo das suas páginas, tendo passagens que a uns pode chocar e a outros sensibilizar. Eu pertenci mais a este último grupo.

Na narrativa somos apresentados a Louise Rick, uma mulher forte, mãe adotiva de um rapaz querido e adorado por todos. Louise adora o seu trabalho, e tenta a todo o custo contrabalançar a vida pessoal com a profissional, especialmente quando ambas exigem imenso de si mesma. Gostei dos pequenos vislumbres que tivemos da vida pessoal de Louise, acho que era isso que tornava a personagem mais humana, mas senti falta de algo. Ao longo da narrativa existiam pequenas faltas de informação que eu, cansada como estava na altura que li o livro, atribuía a uma falta minha. Mas a realidade é que ao ler outras críticas compreendi que, apesar de estarmos no primeiro livro de uma trilogia, estamos no sétimo livro de uma saga com Louise Rick como personagem principal. E essa razão pode estar relacionada com eu ter sentido que existia falta de informação.

Temos alturas na narrativa em que nos sensibilizamos com determinadas descobertas da dupla policial e em que ficamos a querer saber mais e mais sobre o que estes descobriram. Estas alturas eram das melhores partes do livro, a par com os vislumbres da vida pessoal de Louise e do amor que tinha pelo filho.

Um bom policial dentro do género, mas que provavelmente se poderia ter aproveitado melhor se soubéssemos de antemão algo mais sobre Louise (através dos primeiros livros da saga).

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