Autor: J. P. Delaney
ISBN: 9789896652029
Edição ou reimpressão: 04-2017
Editor: Suma de Letras
Páginas: 400
Sinopse:
«Por favor, faça uma lista de todos os bens que considera essenciais na sua vida.»
O pedido parece estranho, até intrusivo. É a primeira pergunta de um questionário de candidatura a uma casa perfeita, a casa dos sonhos de qualquer um, acessível a muito poucos. Para as duas mulheres que respondem ao questionário, as consequências são devastadoras.
EMMA: A tentar recuperar do final traumático de um relacionamento, Emma procura um novo lugar para viver. Mas nenhum dos apartamentos que vê é acessível ou suficientemente seguro. Até que conhece a casa que fica no n.º 1 de Folgate Street. É uma obra-prima da arquitectura: desenho minimalista, pedra clara, muita luz e tectos altos. Mas existem regras. O arquitecto que projectou a casa mantém o controlo total sobre os inquilinos: não são permitidos livros, almofadas, fotografias ou objectos pessoais de qualquer tipo. O espaço está destinado a transformar o seu ocupante, e é precisamente o que faz…
JANE:Depois de uma tragédia pessoal, Jane precisa de um novo começo. Quando encontra o n.º 1 de Folgate Street, é instantaneamente atraída para o espaço —e para o seu sedutor, mas distante e enigmático, criador. É uma casa espectacular. Elegante, minimalista. Tudo nela é bom gosto e serenidade. Exactamente o lugar que Jane procurava para começar do zero e ser feliz.
Depois de se mudar, Jane sabe da morte inesperada do inquilino anterior, uma mulher semelhante a Jane em idade e aparência. Enquanto tenta descobrir o que realmente aconteceu, Jane repete involuntariamente os mesmos padrões, faz as mesmas escolhas e experimenta o mesmo terror que A Rapariga de Antes.
Opinião:
Capa fantástica, sinopse que prende qualquer leitor que gosta de drama e mistério e muitas críticas positivas. Como devem calcular, tudo isto junto fez com que a vontade de ler este livro crescesse e foi assim que fiquei a conhecer o n.º 1 de Folgate Street.
Com uma arquitetura minimalista, o n.º 1 de Folgate Street tem um aspeto de casa que apenas os mais ricos e poderosos conseguiriam adquirir. E acreditem que Jane pode ser muita coisa, mas rica e poderosa não é uma delas. É assim que quando descobre que tem capacidades para arrendar aquela casa que não perde oportunidade de o fazer. Nem as regras loucas do dono da casa a impedem de ter o que queria. Regras que a impedem de deixar o que seja sujo. De ter outras pessoas em casa. Não colocar bases debaixo das bebidas. Regras que nos levam para um Big Brother na vida real.
Mas Jane não se importa. E ainda menos se importa quando conhece o dono da casa. Um dos melhores arquitetos do mundo. Um homem lindíssimo e com um charme magnético. Um homem que a prende ainda mais na teia daquela casa.
De repente Jane começa a sentir-se sufocada por aquela casa e o seu sexto sentido diz que algo não está bem, o que se confirma quando descobre que a pessoa que havia morado naquele apartamento antes dela tinha falecido de forma muitíssimo trágica... e o seu atual senhorio poderia ser a razão disso.
Este livro foi uma boa surpresa. Temos uma pintada de tudo, desde romance, loucura, mistério, assassinado... Prendeu-me do início ao fim, sofri com as personagens e percebia os seus sentimentos. Jane é a nossa personagem do "presente", mas ao mesmo tempo que ela nos é apresentada, também temos a apresentação de Emma, a rapariga que ali morara antes dela e que tinha falecido. Duas personagens que eram os nossos narratores, tendo sido elas que nos levaram através da sua história e emoções.
Conhecemos também Edward, o dono e criador daquela casa. Um homem extremamente obcessivo, que tem que ter tudo como quer e que o mínimo sinal de desarrumação e desordem o faz perder de imediato as estribeiras. Mas ao mesmo tempo é um homem com um charme que leva com que as mulheres que alugam a casa fiquem hipnotizadas por ele.
É um livro que começa a enfraquecer um pouco no final, na altura das revelações. Mas no geral é um livro fantástico. Forte, perturbador e obcessivo. Sentimos, através das descrições de Jane e Emma, a obcessão de Edward, o seu pensamento "anti caos" e como as personagens que haviam morado naquela casa se começaram a sentir presas e fora da sua própria pele, como se morando ali tivessem perdido parte da sua entidade.
Um livro que me distraiu e prendeu. Gostei imenso e aconselho.
2 devaneios:
Também gostei.
Este tipo de livros prende-nos sempre Inês ;)
Enviar um comentário