Autora: Carla M. Soares
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 400
Editor: Marcador
ISBN: 9789897541254
Sinopse:
PORTUGAL. 1892. Na sequência do Ultimato inglês e da crise económica na Europa e em Portugal, os governos sucedem-se, os grupos republicanos e anarquistas crescem em número e importância e em Portugal já se vislumbra a decadência da nobreza e o fim da monarquia.
Os ingleses que permanecem em Portugal não são amados.
O visconde Silva Andrade está falido, em resultado de maus investimentos em África e no Brasil, e necessita com urgência de casar a sua filha, para garantir o investimento na sua fábrica.
Uma história empolgante que nos transporta para Portugal na transição do século XIX para o século XX numa descrição recheada de momentos históricos e encadeada com as emoções e a vida de uma família orgulhosamente portuguesa.
Opinião:
Já tinha lido o primeiro livro publicado da autora e quando vi este novo título seu, queria mesmo lê-lo. Não só o nome me chamou a atenção, mas a própria capa. Há algo na capa que me prende de imediato. As cores são o grande ingrediente e foi este ingrediente que me encantou.
O visconde Silva Andrade está totalmente falido. Sofia, a sua filha, ainda se lembra da altura em que se davam ao luxo de ter inúmeras mansões, de poderem comprar vestidos lindíssimos quando lhes apetecia e de morar numa das melhores casas de Portugal. Mas isto havia sido no passado. Agora Sofia mora numa das últimas casas da família, uma casa de tal forma pequena que todos os seus pertences se encontram amontoados no seu quarto num intrigado jogo de tetris. Até o espaço debaixo da sua cama é inexistente e para se mover ao longo do quarto o esforço acaba por ser grande, pelos diferentes malabarismos a que se tem que sujeitar.
Um nome de família que agora é associado ao desastre financeiro, mas que mesmo assim consegue encantar um jovem rico de uma importante família. Encontrando uma receita para a recuperação financeira, a família de Sofia começa a convidar esse jovem, alguém que Sofia só quer à distância, mas com quem, pela família, decide casar. Mas como um azar nunca vem só, o noivo de Sofia é o pior tipo de homem possível... e Sofia descobre isso numa altura em que o seu coração bate por outro. Um estrangeiro com quem a sua união nunca seria reconhecida por parte dos seus pais.
Este livro, comparativamente ao livro "Alma Rebelde" da autora, está sem dúvida muito melhor. A leitura é muito mais fluída, o leitor liga-se mais a estas personagem e mesmo a ação prendeu-me mais do que no livro que tinha lido anteriormente. Adorei a personagem de Sofia, a típica menina rica cuja evolução acompanhamos ao longo do livro. No início vimos uma rapariga mimada, que não sabe nada da vida e que é afastada de tudo o que lhe pode obrigar a pensar por si. Mas ao longo do livro vemos como começa a crescer, a compreender o que se passa à sua volta e a saber que sacrifícios tem que fazer por ser quem é.
O crescimento desta personagem é acompanhado por questões políticas do país. Este trama é narrado pelas ações de Sebastião, o irmão mais velho de Sofia que está aliado às revoluções anarquistas do país. É um homem que ao ter um grande desgosto romântico abandona tudo e todos, aliando-se de vez a estes ideias.
E ainda temos outro assunto muito falado, algo que ainda hoje se encontra muito... Ódio pelos estrangeiros que encontram em Portugal um país perfeito para investir. Um país em que, devido à crise, a obtenção de negócios tem um baixocusto,
Foi um livro que adorei e que me surpreendeu pela positiva. Nota-se um grande crescimento da autora ao longo da narrativa e fiquei com mais curiosidade de ler o livro "A Chama ao Vento", o único livro publicado da autora que me falta ler. Aconselho!!
Já tinha lido o primeiro livro publicado da autora e quando vi este novo título seu, queria mesmo lê-lo. Não só o nome me chamou a atenção, mas a própria capa. Há algo na capa que me prende de imediato. As cores são o grande ingrediente e foi este ingrediente que me encantou.
O visconde Silva Andrade está totalmente falido. Sofia, a sua filha, ainda se lembra da altura em que se davam ao luxo de ter inúmeras mansões, de poderem comprar vestidos lindíssimos quando lhes apetecia e de morar numa das melhores casas de Portugal. Mas isto havia sido no passado. Agora Sofia mora numa das últimas casas da família, uma casa de tal forma pequena que todos os seus pertences se encontram amontoados no seu quarto num intrigado jogo de tetris. Até o espaço debaixo da sua cama é inexistente e para se mover ao longo do quarto o esforço acaba por ser grande, pelos diferentes malabarismos a que se tem que sujeitar.
Um nome de família que agora é associado ao desastre financeiro, mas que mesmo assim consegue encantar um jovem rico de uma importante família. Encontrando uma receita para a recuperação financeira, a família de Sofia começa a convidar esse jovem, alguém que Sofia só quer à distância, mas com quem, pela família, decide casar. Mas como um azar nunca vem só, o noivo de Sofia é o pior tipo de homem possível... e Sofia descobre isso numa altura em que o seu coração bate por outro. Um estrangeiro com quem a sua união nunca seria reconhecida por parte dos seus pais.
Este livro, comparativamente ao livro "Alma Rebelde" da autora, está sem dúvida muito melhor. A leitura é muito mais fluída, o leitor liga-se mais a estas personagem e mesmo a ação prendeu-me mais do que no livro que tinha lido anteriormente. Adorei a personagem de Sofia, a típica menina rica cuja evolução acompanhamos ao longo do livro. No início vimos uma rapariga mimada, que não sabe nada da vida e que é afastada de tudo o que lhe pode obrigar a pensar por si. Mas ao longo do livro vemos como começa a crescer, a compreender o que se passa à sua volta e a saber que sacrifícios tem que fazer por ser quem é.
O crescimento desta personagem é acompanhado por questões políticas do país. Este trama é narrado pelas ações de Sebastião, o irmão mais velho de Sofia que está aliado às revoluções anarquistas do país. É um homem que ao ter um grande desgosto romântico abandona tudo e todos, aliando-se de vez a estes ideias.
E ainda temos outro assunto muito falado, algo que ainda hoje se encontra muito... Ódio pelos estrangeiros que encontram em Portugal um país perfeito para investir. Um país em que, devido à crise, a obtenção de negócios tem um baixocusto,
Foi um livro que adorei e que me surpreendeu pela positiva. Nota-se um grande crescimento da autora ao longo da narrativa e fiquei com mais curiosidade de ler o livro "A Chama ao Vento", o único livro publicado da autora que me falta ler. Aconselho!!
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