sábado, 21 de maio de 2011

A Rainha Vermelha

Autora: Philippa Gregory
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 408
Editor: Livraria Civilização Editora
ISBN: 9789722630139

Sinopse:
Herdeira da rosa vermelha de Lancaster, Margarida vê as suas ambições frustradas quando descobre que a mãe a quer enviar para um casamento sem amor no País de Gales. Casada com um homem que tem o dobro da sua idade, depressa enviúva, sendo mãe aos catorze anos. Margarida está determinada em fazer com que o seu filho suba ao trono da Inglaterra, sem olhar aos problemas que isso lhe possa trazer, a si, à Inglaterra e ao jovem rapaz. Ignorando herdeiros rivais e o poder desmedido da dinastia de York, dá ao filho o nome Henrique, como o rei, envia-o para o exílio, e propõe o seu casamento com a filha da sua inimiga, Isabel de York.
Acompanhando as alterações das correntes políticas, Margarida traça o seu próprio caminho com outro casamento sem amor, com alianças traiçoeiras e planos secretos. Viúva pela segunda vez, Margarida casa com o impiedoso e desleal Lorde Stanley. Acreditando que ele a vai apoiar, torna-se o cérebro de uma das maiores revoltas da época, sabendo sempre que o filho, já crescido, recrutou um exército e espera agora pela oportunidade de conquistar o prémio maior.


Opinião:
Embora eu esteja num curso de ciências sempre gostei de história e uma das minhas épocas favoritas é a da dinastia Tudor. Adoro as histórias entre eles, as relações na corte, as traições, os esquemas. E imaginar que aquilo pode ter acontecido é fantástico! E nesse campo esta é uma das minhas autoras favoritas.

Philippa Gregory tem uma escrita que sempre me fascinou, conseguindo retratar em todos os seus romances históricos as personagens de uma maneira única, como se as tivessemos realmente conhecido, fazendo-nos pensar como elas, sentir o que elas sentem e por muito mal que elas façam percebemos o porquê e chegamos até a ter pena delas, compreendendo-as...

Foi isto que eu senti ao ler o segundo livro da trilogia "Guerra entre Primos", também conhecida como a Guerra das Rosas, a guerra pelo trono de Inglaterra, entre duas grandes famílias, a York e a Lencastre. Margarida sempre se tinha sentido feliz por mesmo muito nova ter já joelhos de santa por rezar tanto, tendo o sonho de ir para um convento e tornar-se uma mulher religiosa. Mas nem sempre podemos ter o que queremos, especialmente quando somos de uma família poderosa em que os laços de sangue são tudo. Mas esse sonho foi destruído aos 12 anos, quando foi enviada para Gales para casar. Mãe aos 14 anos, viúva com a mesma idade, Margarida era uma mulher muitíssimo religiosa e decidida a que a sua família reinasse na coroa de Inglaterra, sonho que desde cedo (mal percebeu que não iria para um convento) a orientou e guiou, tendo todas as suas acções, por muito duras ou mesmo cruéis sido sempre com um único propósito... Pôr os Lencastre no trono!

Como referi anteriormente, gostei deste livro. Gostei das personagens e do pequeno desenvolvimento que também houve relativamente à personagem do livro anterior. Outra coisa que achei muito curiosa e que foi praticamente o meu pensamento escrito no livro, foi uma pequena discussão que Margarida teve com uma das personagens do livro, em que esta lhe diz que ela apenas usa o facto de ser religiosa como desculpa para todo o mal que faz apenas para conseguir chegar ao trono e não devido a um chamamento sagrado.

Um livro que estava com medo de ler devido a algumas críticas mas que gostei e que recomendo aos fãs da autora. Sim, há melhores, mas este não é nada mau!

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